Roberta Miranda relembra início no sertanejo: ‘Não tinha mordomia, era só paulada’

Cantora participou do programa ‘De Tudo Um Pouco’ desta sexta-feira, 29, e comentou sobre música, pandemia e TikTok

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2021 22h39
Reprodução/ Youtube Roberta Miranda participa do De Tudo Um Pouco

Sentada em sua varanda a beira-mar, Roberta Miranda participou do programa ‘De Tudo Um Pouco‘ desta sexta-feira, 29, e relembrou seu início de carreira no sertanejo. Pioneira como mulher numa área considerada machista, ela revelou que sofreu muito. “No meu tempo não tinha nenhuma mordomia, era só paulada e correria. Eram quase 170 show no ano. Foram 20 e poucos anos de preconceito até eu abrir todo esse mercado. Lutei muito, tive que dar porrada no vento. Era muita gente querendo me derrubar, mas eu tenho um defeito que é a paixão pela minha arte, ela é uma missão que Deus me deu. E quando você tem essa paixão você vai lá e faz, a gente vence aí”, explicou. Questionada sobre a cena do ‘feminejo‘, Roberta disse estar orgulhosa do que vê. “Eu sempre entendi que eu tinha que desbravar aquele caminho terrível do preconceito. Nunca fui aquela que diz ‘a precisamos de uma voz feminina’ e não fazia nada, eu fui e fiz. Fiquei 25 anos sem ninguém estar concorrendo. Até que vieram essas novas cantoras e, Graças as Deus, o mercado está invadido por bons profissionais. Tenho o maior carinho e amor por todas”

Sucesso no TikTok, a cantora contou como foi seu processo de transição para a vida digital. “Os projetos da minha vida são assim. Primeiro tem a resistência e depois eu vou amadurecendo. Eu não queria entrar para as redes sociais, mas fui entrando de uma forma lenta. A minha primeira casa foi o Twitter e eu já entrei me ferrando porque quase coloquei uma foto nua e foi um inferno tirar a foto de lá. E de repente quando eu vi, virou uma loucura em todas as redes. Mas agora eu estou no TikTok e até dei entrevista para um site gringo”, revela Roberta.

Reflexões da pandemia

Aos 64 anos, Roberta Miranda tem tomado seus cuidados para se proteger da Covid-19 e disse que aprendeu muito com o isolamento. “Acho que é a maior evolução foi chegar à conclusão do cisco, do nada que você representa no quesito ajudar o próximo. Ver tanta coisa acontecendo, você tenta, mas sabe que uma andorinha só não faz verão. Eu vivi para me ver confinada, me ver num momento difícil desse de total sofrimento aonde eu tenho ele [violão] como análise para desaguar. Eu preciso cantar para não explodir”, disse. “Isso está me matando [quarentena], está acabando comigo. A pandemia me ensinou muita coisa e não é possível que as pessoas não entendam que precisamos sair do egoísmo e olhar de forma macro”, refletiu. Como seu maior sonho, a cantora revelou que uma maior conscientização dos políticos e a vacina são seus maiores desejos no momento.

Confira na íntegra o programa desta sexta-feira:

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