Dilma e Tião Viana se transformaram em “coiotes”

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2015 11h40
BRASÍLIA, DF, 22.12.2014: DILMA-DF - A presidente Dilma Rousseff participa do tradicional café da manhã com jornalistas credenciados no Palácio do Planalto, onde falou sobre a Petrobras, novos ministros e a crise mundial. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress) Folhapress Dilma Rousseff em café da manhã com jornalistas

Reinaldo, quer dizer que Dilma e Tião Viana viraram coiotes?

Uma nova leva de haitianos já tomou o rumo de São Paulo, oriunda do Acre. Ao todo, serão quase mil imigrantes. O primeiro ônibus, com 44 pessoas, deixou Rio Branco na quinta-feira, informa a Folha. Ao todo, serão 22 viagens, duas por dia, ininterruptamente. Quem as financia, ao custo de R$ 1 milhão, é o Ministério da Justiça, cujo titular é José Eduardo Cardozo.

É espantosa a delinquência política a que se dedicam nesse caso, ou também nesse caso, o governador do Acre, Tião Viana, e a presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. Mais uma vez, o governo daquele estado começou a despachar os haitianos para São Paulo sem nenhum aviso prévio. A Prefeitura da capital paulista, administrada pelo correligionário Fernando Haddad, a quem compete fazer o primeiro atendimento aos imigrantes, não recebeu nem sequer um aviso.

A política implementada pelo governo brasileiro, nesse particular, sob o pretexto de dar abrigo humanitário aos haitianos, é criminosa. O país, na prática, estimula a imigração ilegal, que é comandada, como sempre acontece, por traficantes de pessoas. O Acre é a porta de entrada. Ali eles recebem um documento de permanência no país, mas não têm onde ficar. Então Tião Viana os exporta para São Paulo. Em abril do ano passado, Eloísa Arruda, secretária de Justiça do Estado, reclamou dessa prática. Viana a classificou de “higienista” e atacou a “elite paulista”.

Pois é. Desta feita, quem demonstra sua insatisfação é a secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo: “Sem notificação e prazo para planejamento e mobilização, nem por parte do governo do Acre nem por parte do governo federal, nossa cidade terá dificuldades para receber em sua rede assistencial essa quantidade de pessoas”.

O mais espantoso é que, quando indagado se a administração municipal foi avisada, Nilson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, afirmou o seguinte: “Nosso papel é fazer os imigrantes chegarem ao destino final. Isso [ir para São Paulo] é uma opção deles. Eles não vêm para ficar no Acre, mas para [ir a] outros centros”.

Paulistanos que passam hoje pela há muito degradada região da Baixada do Glicério constatam a sensível piora da área. Para lá migram a maioria dos haitianos e imigrantes de países africanos que chegam à cidade. A depauperação do Glicério nada tem a ver com a origem ou com a cultura dessas pessoas. Não tendo como pagar moradia digna e sem emprego, elas têm de se abrigar em cortiços, que se dividem em cubículos ainda menores, multiplicando-se. Há um óbvio declínio das condições sanitárias e de salubridade das vias públicas. Com o PT no poder no governo federal, no Acre e na cidade de São Paulo, o Haiti, definitivamente, é aqui. Cadê o Ministério Público?

Não pensem que há apenas incompetência nisso tudo. Há também ma-fé e ideologia vagabunda. Em 2012, os alunos que prestaram o Enem foram obrigados a fazer uma redação exaltando as qualidades da gestão petista – embora isso não fosse explícito, era o espírito da coisa. Os estudantes foram convidados a demonstrar que o crescimento da economia brasileira havia revertido o fluxo migratório, de sorte que o país tinha parado de exportar pessoas e começado a recebê-las. Vale dizer: os petistas se orgulham de sua obra.

Os milhares de imigrantes que chegam a São Paulo sem nenhuma preparação nem apoio do governo federal, que se limita a pagar os ônibus que os transportam, oneram os sistemas de saúde, de educação, de segurança e de zeladoria. Podem até manter aqui um padrão de vida superior ao experimentado em seus países de origem, mas são jogados na pobreza e na miséria e tornam ainda pior a vida dos pobres e miseráveis nascidos no Brasil. Trata-se, reitero, de uma ação criminosa.

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