Aldo Rebelo vê governo sem orientação: ‘Não tem o mesmo prestígio de 2003’

Ex-presidente da Câmara participou do programa ‘Direto ao Ponto’ desta segunda-feira e também falou sobre questões ambientais e Marco Temporal

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2023 23h00 - Atualizado em 05/06/2023 23h23
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Reprodução/ Jovem Pan News aldo rebelo Aldo Rebelo participou do programa Direto ao Ponto desta segunda-feira

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, participou do programa ‘Direto ao Ponto‘ desta segunda-feira, 5, para falar sobre a atual relação entre Câmara e governo federal e as derrotas de Lula no Congresso. Questionado se as decisões do presidente estão sendo influenciadas por uma “vingança” do tempo que passou na prisão, o ex-ministro discordou. “A desorientação não é, talvez, uma questão emocional. Não posso dizer muito porque não estou com ele. Mas acho que o problema é político, de orientação. Acho que o governo não entende que governa um país muito diferente de 2003. O Congresso é diferente e o presidente não tem o prestígio que tinha, não tem a força. E ele precisava encontrar uma agenda compatível com esse país, com esse mundo e com esse Congresso. E acho que ele não tem essa compreensão e acho que os ministros que o assessoram não dizem a verdade para ele, que por esse caminho o governo vai obter uma sucessão de fracassos, que é o que está acontecendo”, ressaltou.

Aldo também comentou que as manobras que o governo tenta no Plenário são válidas, mas as pautas do governo é que atrapalham a comunicação com o Congresso. “O Legislativo não está fazendo nada fora da lei. O orçamento secreto é legal, o orçamento impositivo é legal, a emenda de bancada é legal, mas é negativo”, disse. “O governo não tem maioria e o caminho escolhido não vai dar ao governo maioria. A agenda identitária, a agenda ambientalista é uma aventura do Congresso. Como o governo escolheu essa agenda e não a da retomada do crescimento da economia, como é um governo que hostiliza a agricultura, que bloqueia a fonte de recursos que seria a fronteira mineral, como um governo que está precisando de dinheiro briga com o agricultor? É esse o setor que o governo deveria apoiar e se apoiar”, explicou. O ex-presidente da Câmara ainda falou sobre o Marco Temporal e outros temas do país.

Assista abaixo à entrevista completa:

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