Derrota do governo, taxação, Plano Safra, dólar, La Niña e fim do ESG? Confira o Hora H do Agro
Agronegócio celebrou devolução de medida provisória, mas produtores seguem de olho na possibilidade de novos aumentos de tributos, especialmente relacionados ao ‘imposto do pecado’ e em decisões do STF
O programa Hora H do Agro deste sábado (15) analisou a devolução da MP 1.224/2024 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A medida provisória do governo taxava a agropecuária e outros setores da economia através da redução de benefícios fiscais do PIS/Cofins. Apesar da vitória, os produtores rurais seguem de olho na possibilidade de novos aumentos de tributos, especialmente relacionados ao “imposto do pecado” na Reforma Tributária e em decisões do Supremo Tribunal Federal. Outro tema abordado foi o cancelamento do leilão para compra de arroz. A decisão ocorreu após fragilidades financeiras e técnicas terem sido identificadas nas empresas arrematantes. Entre os vencedores do leilão estavam uma queijaria, uma fabricante de sucos e até uma locadora de carros. Apesar disso, o governo disse que não vai recuar e deve realizar um novo leilão. O tema também gerou a demissão do secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, por suspeita de fraude, já que pessoas próximas a ele estavam entre os arrematantes dos lotes de arroz. A saída acontece a poucas semanas do anúncio do Plano Safra, principal política de crédito para o agro.
Na economia, o destaque foi a disparada do dólar, que chegou a superar R$ 5,40. O mercado financeiro repercute a piora das contas do governo e a manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos, que está no maior patamar desde 2001. Já no cenário externo, o que chamou a atenção foi o avanço da direita na Europa após eleições para o Parlamento. As mudanças no bloco devem impactar a agenda ESG por lá e o agronegócio brasileiro.
Taxação: imposto do pecado e mudanças no ITR podem custar caro
O governo sofreu uma derrota política após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolver parte da MP 1227, que restringia o uso de créditos de PIS/Cofins. Com a medida, o governo esperava arrecadar cerca de R$ 29 bilhões para compensar as perdas com a desoneração da folha. A devolução ocorreu após entidades do agro e de outros setores da economia realizarem uma grande mobilização na semana. Apesar da devolução parcial da MP, algumas medidas que afetam o agronegócio continuam valendo. Confira!
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