Hora H do Agro analisa primeira greve de Milei, crise do leite e o desafio do agro a Macron 

Gustavo Segré comenta protesto das centrais sindicais contra o pacote de medidas proposto pelo presidente argentino; programa também discute aproximação entre os governos do Brasil e da China

  • Por Hora H do Agro
  • 27/01/2024 10h00
Enrique Garcia Medina/EFE Manifestantes se mobilizam durante um protesto convocado pela Confederação Geral do Trabalho hoje, em Buenos Aires Manifestantes se mobilizam durante um protesto convocado pela Confederação Geral do Trabalho em Buenos Aires

O programa Hora H do Agro deste sábado, 27, analisou os efeitos da primeira greve realizada no governo de Javier Milei. Na semana, centrais sindicais se reuniram para protestar contra o pacote de medidas proposto pelo presidente argentino que, inclusive, prevê o aumento das tarifas de exportação de itens do agronegócio. Outro tema em debate foi a maior proximidade do governo Lula com os chineses. Isso porque, na última semana, o presidente reiterou a posição de “Uma só China”, que é o reconhecimento diplomático da posição de Pequim de que existe apenas uma China no mundo e que Taiwan faz parte dela. Além disso, em encontro com Lula, o chanceler chinês propôs ao governo brasileiro unir as obras do PAC com a nova Rota da Seda. Também estiveram em destaque as manifestações de agricultores na França e as perspectivas para o setor do leite, que enfrenta uma grave crise. Só em 2023, as importações de lácteos pelo Brasil aumentaram 68% e atingiram o maior volume em pelo menos 20 anos. Confira!

Greve geral na Argentina vai frear os planos de Milei?

O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrentou nesta semana a primeira greve geral de seu governo. A manifestação foi convocada por centrais sindicais, que não concordam com o pacote de medidas de Milei para o país. O programa Hora H do Agro deste sábado destacou que o agronegócio não aderiu à greve, apesar da insatisfação com a proposta de elevar as taxas de exportação para produtos agrícolas como soja e milho. A greve na Argentina deverá frear os planos de Milei para o país? Confira a análise de Gustavo Segré, comentarista da Jovem Pan.

Lula mais próximo da China? Entenda efeitos na geopolítica e no agro

O último fim de semana foi marcado pela visita do chanceler chinês ao Brasil. O representante do país asiático se encontrou com membros do Itamaraty e também com o presidente Lula. Na ocasião, o governo reafirmou a existência da política de “Uma só China”, que é o reconhecimento diplomático da posição de Pequim de que existe apenas uma China no mundo e que Taiwan faz parte dela. O Hora H do Agro destacou também que, entre os assuntos abordados, estavam temas como as relações comerciais e diplomáticas entre os dois países e a possibilidade de união das obras do novo PAC, relançado no ano passado, com os da iniciativa Cinturão e Rota, conhecida como a Nova Rota da Seda. Confira a análise do professor de relações internacionais Alexandre Pires, do Ibmec, e do cientista político Luiz Philippe de Orléans e Bragança sobre o tema.

“Nosso fim será sua fome”: agro da França desafia Macron e faz novos protestos

Nesta semana, os agricultores da Europa voltaram a se manifestar. No sudoeste da França, produtores rurais bloquearam rodovias e jogaram pneus, terra e esterco em uma estação ferroviária em um movimento que começou há algumas semanas na Alemanha. O programa Hora H do Agro deste sábado, 27, destacou que os agricultores reclamam do alto custo de produção associado às metas de redução das emissões de carbono e dos preços dos combustíveis. Para Eduardo Lunardelli, ex-secretário do Ministério do Meio Ambiente, as paralisações não serão suficientes para convencer o governo europeu de que o plano verde adotado pelo bloco não funciona. Confira!

Crise do leite vai continuar em 2024? 

As importações de leite e derivados pelo Brasil registraram o maior patamar em pelo menos 20 anos e aprofundaram a crise no setor leiteiro. Um levantamento realizado pela Embrapa Gado de Leite revela que 2,1 bilhões de litros de lácteos foram importados entre janeiro e dezembro de 2023, uma alta de 68% em comparação com 2022. Argentina e Uruguai foram os países que mais forneceram os produtos ao Brasil em 2023. No caso da Argentina, o país ficou com uma fatia de mais de 50% do mercado brasileiro. A crise do leite vai continuar em 2024? Confira a análise do sócio-diretor da Transpondo, Wagner Beskow.

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