Hora H do Agro destaca novo capítulo EUA x China, acusação de ONG ao agro e marco temporal

Programa abordou julgamento do STF sobre a demarcação de terras indígenas; também ganharam atenção o movimento que coloca a agenda verde em xeque e PL que regula mercado de carbono

  • Por Hora H do Agro
  • 02/09/2023 10h00 - Atualizado em 02/09/2023 10h17
LEO BAHIA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 31/08/202 Com a retomada do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas retornam a Brasília para protestar contra a tese do Marco Temporal Com a retomada do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas retornaram a Brasília para protestar contra a tese do Marco Temporal

O programa Hora H do Agro deste sábado, 2, analisou a retomada do julgamento do Marco Temporal das Terras Indígenas no STF. Isso porque sem essa premissa, agricultores em áreas consolidadas de produção agrícola poderiam ter suas terras demarcadas como indígenas e perdê-las. Também foi abordado o projeto de lei que regula o mercado de carbono no Brasil e efeitos no agronegócio, além do vídeo publicado pela ONG Mercy For Animals com acusações ao setor leiteiro e uma série de informações falsas sobre a cadeia. Para refutar as informações, diversos pecuaristas enviaram fotos mostrando o cuidado com os animais. Já no cenário internacional, esteve em destaque a ajuda militar direta de US$ 80 milhões feita pelos Estados Unidos a Taiwan. O tema faz parte de mais um capítulo da tensão entre americanos e chineses sobre a ilha, já que a China diz que a medida poderia gerar consequências para “a segurança” de Taiwan. Confira!

STF retoma julgamento do Marco Temporal das Terras Indígenas

O Supremo Tribunal Federal retomou nesta semana o julgamento do Marco Temporal das Terras Indígenas. O Marco Temporal define que só poderão ser demarcadas como terras indígenas as áreas que esses povos ocupavam na data da promulgação da Constituição. Para o agro, é importante que ele continue valendo, já que, sem essa premissa, agricultores em áreas consolidadas de produção agrícola poderiam perder as terras.

Mercado de carbono: “PL apoiado pelo governo cria mais obrigações e ameaças do que oportunidades”

Nesta semana, a senadora Leila Barros (PDT-DF) apresentou na Comissão de Meio Ambiente do Senado um projeto de lei que regula o mercado de carbono no Brasil. O texto, que pretende substituir um outro projeto de lei que já estava na Casa, conta com o apoio do governo, já que o texto foi criado com base em sugestões realizadas por diversos ministérios de LulaEntre as medidas desse PL está a criação de limites máximos para emissões de gases e a punição para quem ultrapassar essas cotas, como multas, suspensão total ou parcial da atividade e perda de financiamentos. Confira a análise do coordenador do laboratório de bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, ao Hora H do Agro deste sábado.

Ciência climática deveria ser menos política, diz documento assinado por mais de 1.600 cientistas

Enquanto o Brasil se debruça na criação do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono, lá fora está surgindo um movimento de contestação de regras da agenda verde já aprovadas e validadas. Nesta semana, a Polônia pediu ao tribunal superior da União Europeia que cancele três políticas climáticas do bloco econômico com o argumento de que essas medidas poderiam piorar a desigualdade social. Já o novo chefe de política verde da Comissão Europeia admitiu que o bloco precisa se comunicar melhor com as indústrias, que estão preocupadas com o custo das políticas de redução das emissões de gases.

Em agosto, mais de 1.600 cientistas do mundo assinaram um documento intitulado “Não Existe Emergência Climática”. O material, preparado pela fundação independente Inteligência Climática, diz que a “ciência climática deveria ser menos política, enquanto as políticas climáticas deveriam ser mais científicas”. A agenda verde mundial está em xeque? Confira a análise do coordenador do laboratório de bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, ao Hora H do Agro.

Taiwan: Tensão entre EUA e China ganha novo capítulo; entenda

O governo do presidente Joe Biden aprovou pela primeira vez uma ajuda militar direta dos Estados Unidos a Taiwan no valor de US$ 80 milhões. O anúncio foi feito pelo Departamento de Estado ao Congresso do país nesta semana. Essa é a primeira vez que os Estados Unidos dão dinheiro a Taiwan através de um programa do governo americano chamado Financiamento Militar Estrangeiro. Já a China, que considera que Taiwan parte de seu território, afirmou que a medida poderia gerar consequências para “a segurança” da ilha. Confira a análise do professor de relações internacionais do Ibmec, Carlo Cauti, ao programa deste sábado.

ONG divulga informação falsa e acusa a cadeia do leite

Um vídeo da ONG Mercy For Animals gerou desconforto no agronegócio. Isso porque, no material, o comunicador Márcio Garcia apresenta informações sobre a produção de leite no Brasil que não são verdadeiras e não representam a cadeia de lácteos no país. Ele ainda finaliza propondo um desafio para o público ficar sem beber leite por uma semana. Para mostrar as práticas de bem-estar e cuidado do pecuarista com os animais, o Hora H do Agro deste sábado exibiu uma série de fotos enviadas pelo público que retratam o carinho e manejo adotados pelo setor.

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