Perda de poder da Suprema Corte, ‘dólar agro’ na Argentina e risco de faltar combustíveis; confira destaques do Hora H do Agro

O programa deste sábado também debate como a guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar os preços dos fertilizantes

  • Por Hora H do Agro
  • 29/07/2023 11h00 - Atualizado em 29/07/2023 11h19
Menahem Kahana/AFP Um manifestante usando uma máscara representando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu participa de uma manifestação para bloquear a entrada do Knesset, o parlamento de Israel Parlamento de Israel aprovou uma lei que limita os poderes da Suprema Corte do país

O programa Hora H do Agro deste sábado, 29, analisou a possibilidade de faltar combustível no Brasil. Isso porque a Abicom revelou que a janela de importação está fechada há cerca de 70 dias. Segundo a entidade, o preço para importação de combustíveis está até R$ 0,60 mais alto que o praticado no mercado doméstico. No cenário internacional, outro tema discutido foi a aprovação pelo Parlamento de Israel de uma lei que limita os poderes da Suprema Corte. Segundo o governo de Netanyahu, a Corte teria se tornado politicamente intervencionista demais. Já na Argentina, o fato da semana foi a criação do “dólar agro”, que pretende impulsionar as exportações e aumentar a entrada da moeda americana. Nos últimos anos, o país vizinho tem dado o exemplo do que não fazer na economia e na agropecuária, como a criação de taxa e proibição de exportações e até o congelamento de preços. Veja a análise do comentarista da Jovem Pan Gustavo Segré sobre o tema.

Vai faltar combustível? Janela de importação está fechada há 70 dias, diz Abicom

O preço futuro do petróleo brent acumula alta de 11% em julho. Essa disparada elevou a defasagem dos combustíveis importados em relação ao valor praticado no mercado doméstico. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço de importação do diesel está R$ 0,56 maior do que o do praticado no Brasil. Para a gasolina, a diferença é de R$ 0,60 o litro. O programa Hora H do Agro deste sábado, 29, destacou que a janela de importação de combustíveis está fechada, em média, há 70 dias, segundo a associação. Em maio, a Petrobras anunciou o “abrasileiramento” dos preços e deixou de seguir a paridade internacional na formação da cotação. Isso significa que vai faltar combustível no Brasil? Veja análise do consultor de gerenciamento de risco da StoneX, Thiago Vetter.

Israel limita poder da Suprema Corte; qual a correlação com o Brasil?

O Parlamento de Israel aprovou uma lei que limita os poderes da Suprema Corte do país. A nova legislação remove uma das ferramentas que a Corte tem para anular as decisões do governo e de ministros, a do “princípio da razoabilidade” e faz parte de mudanças judiciais mais amplas sugeridas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O governo diz ser necessária a legislação para recuar contra o que descreve como exagero de uma Suprema Corte, que teria se tornado politicamente intervencionista demais. A medida é uma forma de controle do governo ou o fim do ativismo do judiciário? É possível estabelecer uma correlação entre Israel e o Brasil? Confira análise do jornalista da Gazeta do Povo, Renan Ramalho, ao programa Hora H do Agro deste sábado, 29.

Argentina dá exemplo do que não fazer na economia e no agro

A Argentina criou nesta semana mais uma taxa de câmbio para tentar incentivar as exportações e elevar a entrada de dólares no país. Depois do “dólar soja”, que já foi criado por três vezes, e diversos outros, como o “dólar coldplay”, e o “dólar Catar“, agora o governo de Alberto Fernandez criou o “dólar agro”. O pacote de medidas deve permitir que os argentinos fechem acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O programa Hora H do Agro deste sábado, 29, relembrou algumas das medidas adotadas pelo país vizinho ao longo dos anos, entre elas a proibição das exportações de produtos agrícolas, a imposição de taxas sobre embarques para manter produtos no mercado doméstico e até o congelamento de preços de alimentos e combustíveis. Confira análise do comentarista da Jovem Pan, Gustavo Segré.

Geopolítica dos fertilizantes: o que vai mexer com os preços?

A Rússia voltou a bombardear pontos estratégicos da Ucrânia. Nesta semana, foi a vez de uma infraestrutura de grãos no rio Danúbio, considerado importante rota alternativa para exportações pela Romênia. No início da guerra na Ucrânia, os preços dos fertilizantes dispararam devido ao aumento do risco de escoamento no Mar Negro e houve grande receio sobre o abastecimento de adubos de fertilizante, já que a Rússia é importante fornecedor do Brasil. Ao programa Hora H do Agro deste sábado, 29, o head de fertilizantes da StoneX, Marcelo Mello, revelou se há risco de o cenário vivido em 2022 se repetir. Qual a tendência para os preços? Há risco de desabastecimento de adubos? Confira a análise.

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