73% dos brasileiros apoiam o uso da urna eletrônica em eleições, diz Datafolha

Desde as eleições de 2018, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro denunciam o modelo por fraude

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2021 10h55
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Tiago Hardman/Futura Press/Estadão Conteúdo Urna eletrônica com a palavra FIM escrita Por causa de fake news sobre a urna eletrônica, o TSE faz campanhas para esclarecer a confiabilidade da tecnologia

O brasileiro vai às urnas a cada dois anos para decidir nomes do executivo e legislativo. A votação acontece de forma eletrônica desde a década de 90. Com esse sistema, no mesmo dia, já sabemos quem são os eleitos pela população. O Datafolha realizou uma pesquisa com mais de duas mil pessoas de todas as regiões do país, entre os dias 8 e 10 de dezembro, para saber o que os brasileiros acham do voto eletrônico. O resultado foi de que a urna eletrônica tem apoio de três em cada quatro brasileiros. Ou seja, dos que responderam a pesquisa, 73% acreditam que o voto deve ser mantido do jeito como é hoje.

Apenas 23% querem voto no papel e 4% preferiram não opinar. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O casal Andréia e Paulo preferem a urna eletrônica. “Eu acho que é mais seguro, mais prático, rápido, evita fila”, diz Andréia. “Sou a favor da urna até porque a democracia brasileira se acostumou com a pressa, né? O cidadão quer saber rapidamente quem foram os escolhidos”, completa.

Desde as eleições de 2018, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro denunciam o modelo eletrônico por fraude com o argumento de que somente da forma antiga, ou seja, no papel, o voto seria computado de forma correta. Um dos principais críticos do modelo é o presidente, que já prometeu atuar junto ao Congresso para estabelecer um sistema de impressão dos votos para 2022. Por causa de fake news sobre a urna eletrônica, o TSE faz campanhas para esclarecer a confiabilidade da tecnologia utilizada nas eleições do país. A desconfiança com as urnas eletrônicas atinge percentuais maiores na faixa etária dos 25 a 34 anos. Deste grupo, 34% declararam não confiar nelas.

*Com informações da repórter Mônica Simões

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