91% dos brasileiros querem se vacinar contra a Covid-19, diz Datafolha

Pesquisa revelou que 70% dos entrevistados acreditam que a imunização está atrasada; 8% acham que está mais rápida que o previsto

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2021 08h48 - Atualizado em 19/05/2021 16h14
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/01/2021 Vacina contra a Covid-19 sendo aplicada em uma pessoa Enquanto muitas capitais sofrem com o atraso na vacinação, Maceió será a primeira a vacinar todo o grupo prioritário

O brasileiro está um pouco mais otimista em relação ao andamento da vacinação no país. Uma pesquisa Datafolha revelou que 70% dos entrevistados acreditam que a imunização está atrasada. No último levantamento, em março, eram 76%. Agora, 22% consideram que a imunização está no ritmo certo e 8% dizem que a vacinação está mais rápida do que o previsto — 1% não opinou. O Datafolha ouviu 2.701 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões entre os dias 11 e 12 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Outra pesquisa Datafolha apontou ainda que o número de pessoas que pretendem se vacinar aumentou nos últimos meses. De acordo com o levantamento, 91% dos brasileiros com mais de 18 anos querem receber o imunizante.

Enquanto muitas capitais sofrem com o atraso na vacinação, Maceió será a primeira a vacinar todo o grupo prioritário. Hoje a capital alagoana conclui a aplicação de ao menos uma dose da vacina contra o coronavírus em toda a faixa etária, o que corresponde a cerca de 20% da população. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes voltou a cobrar a aquisição de vacinas. “Volta e meia eu faço uma pressão, o que a gente quer é vacina. Chegou no Rio, a gente vai aplicar. Esse é o nosso esforço, vamos sempre pressionar o governo federal. É um processo possível, factível e, óbvio, tem que chegar. Com a programação que existe.”

A epidemiologista e ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunizações, Carla Domingues, diz que o atraso na vacinação decorre da dificuldade de acesso à matéria-prima para a produção pela Fiocruz e Instituto Butantan. Para a especialista, o Brasil precisa ser independente nesse tipo de fabricação. “O problema é que nós dependemos ainda da matéria-prima que vem de fora. Se esses laboratórios não estão entregando aqui, a produção é interrompida. Isso depende de um grande investimento em ciência e tecnologia. Infelizmente o Brasil investe muito pouco nessa questão, nosso parque industrial da saúde está defasado.” Carla Domingues ressalta, ainda, que o SUS tem capacidade reconhecida para vacinar toda a população.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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