Acordo entre governo de SP e CCR prevê R$ 2,3 bilhões em investimentos em rodovias

Empresa deve pagar, em 15 dias, uma indenização aos cofres paulistas no valor de R$ 1,2 bilhão, encerrando as discussões judiciais iniciadas em 2014

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2021 08h45 - Atualizado em 01/07/2021 10h22
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, em coletiva Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, ressaltou que o entendimento trará segurança jurídica

O governo de São Paulo e o Grupo CCR fecharam um acordo que prevê o investimento de R$ 2,3 bilhões em obras em 13 rodovias. Como parte do pacto, a empresa deve pagar, em 15 dias, uma indenização aos cofres paulistas no valor de R$ 1,2 bilhão. Com isso, se encerram as discussões judiciais iniciadas em 2014, quando o Estado questionou aditivos firmados em 2006. O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, ressaltou que o entendimento trará segurança jurídica. “Esse entendimento, portanto, zero os passivos regulatórios com três concessionárias do grupo CCR. Isso permite que a CCR destrave investimentos, investimentos que há anos, para não dizer há década, vinham sendo pleiteados por várias cidades do Estado de São Paulo, principalmente para a região Oeste da Grande São Paulo”, afirmou. Treze das principais rodovias paulistas, administradas pelas concessionárias AutoBAn, ViaOeste e SPVias, devem sofrer intervenções nos próximos meses.

A CCR vai investir R$ 800 milhões na extensão das marginais da Castello Branco até o quilômetro 32. Também será construído um novo acesso à cidade de Osasco, ao Hospital Regional de Sorocaba e a duplicação completa do acesso a São Roque. Ainda está prevista a viabilização do trevo do Sertanejo, em Mairinque, que deve facilitar o acesso à rodovia Raposo Tavares. Mais de R$ 1 bilhão será destinado a outras melhorias, como recapeamento e sinalização. As obras devem gerar cinco mil empregos. O prefeito de Barueri, Rubens Furlan, comemorou os investimentos. “Essa briga com a CCR, com essas concessionárias, montam décadas e não se resolvia. E a necessidade de resolver isso era imperiosa para a nossa região, chega ao absurdo dos prefeitos não desejarem mais o crescimento do município por conta do impacto que vinha acontecendo na região”, afirmou. A lista de obras foi indicada pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo, que regula e fiscaliza as rodovias concedidas no Estado.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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