‘Adesão ao Covax Facility prevê vacina para 10% da população’, diz deputado

Geninho Zuliani ainda destacou que, após registros na Anvisa, Brasil poderá escolher laboratório que produzirá doses que o país tem direito

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2020 08h18
EFE/EPA/SIPHIWE SIBEKO O relator da MP ainda declarou que o "termo de responsabilidade" dito por Bolsonaro não foi incluído no texto da MP

As vacinas disponibilizadas pela adesão ao consórcio Covax Facility só vão atingir 10% da população brasileira. Foi isso o que disse o deputado federal Geninho Zuliani, relator da MP que destina R$ 2,5 bilhões para essa investimento. “O Brasil já pagou cerca de R$ 700 milhões para o desenvolvimento, junto com demais países. Para comprar a vacina ainda tem que desembolsar em torno de R$ 1,5 bilhões. Mas é uma quantidade restrita, para cerca de 10% da população. Por isso o governo precisa ver com outros laboratórios e considerar outras opções”, avalia.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Geninho Zuliani explicou que, quando foi lançado, o consórcio contava com cerca de sete laboratório conveniados — agora, esse número passa de dez. “Depois que cada laboratório for registrando seus estudos na Anvisa e em outras agências reguladoras internacionais, o Brasil tem o direito de escolher o laboratório dentro do cardápio com a quantidade limitada a cerca de 10% da população.” O relator da MP ainda declarou que o “termo de responsabilidade” dito por Bolsonaro não foi incluído no texto porque, tecnicamente, se trata de uma decisão do Ministério de acordo com cada contrato. Até o momento, ele está previsto apenas nos documentos da Pfizer/BioNTech — que exigiu se eximir da responsabilidade.

“Isso depende muito de cada contrato. A maioria, pelo o que consultamos não tem. Não dá para colocar no texto algo customizado e que vale só para alguns.” Em relação à obrigatoriedade da vacina, o deputado sinalizou que, como o assunto foi judicializado, ele não entrará em debate no Congresso. Na última quinta-feira, 17, o STF decidiu que a vacinação contra a Covid-19 pode ser obrigatória, a depender da decisão de estados e municípios — mas não forçada. A Câmara dos Deputados vota a MP dos R$ 2,5 bilhões nesta sexta-feira, 18.

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