Doria conversa com Pazuello e espera firmar contrato para compra da CoronaVac nesta sexta
Ideia do Butantan agora é pedir tanto o registro definitivo quanto o emergencial da vacina desenvolvida com a Sinovac
O Ministério da Saúde deve formalizar, nesta sexta-feira, 18, a intenção de inserir a CoronaVac no Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. O governador de São Paulo, João Doria, conversou nesta quarta, 16, com o ministro Eduardo Pazuello e espera que não haja nova reviravolta nas negociações. A ideia do Instituto Butantan agora é pedir tanto o registro definitivo quanto o emergencial da vacina desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, diz que a mudança de estratégia é uma resposta à decisão da Anvisa, que fixou em dez dias o prazo para análise de pedidos emergenciais. “Se fizermos isso a semana que vem, como está programado, isso significa que na primeira semana de janeiro poderemos ter uma manifestação da Anvisa. A partir de janeiro é possível que tenhamos a autorização para uso da vacina.” A meta de iniciar a vacinação em 25 de janeiro no Estado está mantida. Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, só haverá alterações se o Plano Nacional for antecipado. “Nós não podemos esperar que o nosso sistema de saúde colapse pelo número de pessoas que ali procuram com formas graves e fatais. Não é uma escolha política, mas uma escolha humanitária.”
Doria reagiu a falas do presidente Jair Bolsonaro e disse que é preciso ter bom senso e pressa na vacinação. Na última terça-feira, 15, Bolsonaro fez críticas indiretas ao tucano durante a reinauguração do relógio da Ceagesp. “Não quero discutir o que move um presidente da República a vir a São Paulo para inaugurar um relógio em cima de uma caixa d’água. Mas o Brasil espera que esse relógio marque os ponteiros da velocidade do tempo em que o governo federal, sob a presidência de Jair Bolsonaro, possa salvar vidas.” Mais de 11 mil pessoas estão internadas em São Paulo por causa da Covid-19. A taxa de ocupação dos leitos de UTI já passa de 61%.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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