Adiamento do Censo 2021 depende do Congresso, diz Mourão
O governo estuda redirecionar os mais de R$ 2,3 bilhões previstos para custear o levantamento do IBGE para o Ministério da Defesa
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, diz que a decisão final sobre o adiamento do Censo Demográfico 2021 será do Congresso Nacional. O governo estuda redirecionar os mais de R$ 2,3 bilhões previstos para custear o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Ministério da Defesa. Isso acarretaria em um novo adiamento da pesquisa, inicialmente prevista para este ano. Mourão lembra, porém, que o presidente Jair Bolsonaro ainda não se decidiu sobre a medida, que deve estar na proposta de orçamento que o governo executivo precisa enviar ao Congresso até o fim do mês. Mesmo sem se posicionar a favor ou contra o adiamento, ele argumenta que o orçamento das Forças Armadas “tem sido constantemente diminuído”, e que, por isso, diversos projetos estão atrasados. O vice-presidente afirma, porém, que a medida ainda está sendo estudada pelo governo federal.
O general Hamilton Mourão também falou, nesta quinta-feira, 20, sobre a possibilidade de o governo estender o pagamento do auxílio emergencial. Ele defende que as novas parcelas tenham valores menores do que os atuais R$ 600, mas lembra que, antes de ampliar o benefício, é preciso saber quanto o governo de fato já gastou para combater a pandemia. Mourão também comentou o decreto que autoriza o uso das forças armadas no Tocantins no âmbito da Operação Verde Brasil, que combate crimes ambientais na região amazônica. Segundo ele, militares serão enviados para lá, mas a atenção do governo continua voltada para o Pará, o norte do Mato Grosso e o Sul do Amazonas, onde estão os principais focos de queimadas e desmatamento.
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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