Advogado de Bolsonaro: Depoimento de porteiro é ‘falso’ e foi plantado ‘por forças ocultas’ para incriminá-lo
O advogado de Jair Bolsonaro (PSL), Frederick Wassef, disse que o depoimento do porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, que vinculou o nome do presidente ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, é uma “fraude processual”. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quarta-feira (30), ele afirmou que esse pedaço do processo foi “plantado” por pessoas que querem atingir a imagem de Bolsonaro.
“Recebi a notícia com muito espanto e decepção, uma vez que trata-se de uma verdadeira fraude. Essa é uma fraude processual com objetivo explícito de tentar incriminar o presidente da República através de um depoimento falso, plantado por alguém que orquestra isso. São forças ocultas do Rio de Janeiro, pessoas que tentam atingir a imagem de Bolsonaro na tentativa de vinculá-lo ao assassinato de Marielle”, declarou.
De acordo com o advogado, está “mais do que provado” que a declaração é mentirosa uma vez que Bolsonaro, na época deputado federal, estava em Brasília, dentro da Câmara dos Deputados, “trabalhando, como de praxe”. “O ponto enfático do depoimento é ele dizer que é a voz de Bolsonaro, que ele próprio que atendeu. Mas ele estava em Brasília. Isso deixa provado, de forma incontestável, que isso é uma fraude uma mentira comprovada”, continuou.
Questionado sobre a possibilidade de alguém ter se passado pelo presidente no telefone, Wassef disse que já foi confirmou que nenhuma outra pessoa, naquele dia, autorizou a entrada de Élcio de Queiroz ou qualquer outra “pessoa estranha” na casa de Bolsonaro, no Rio de Janeiro. “Ninguém naquela data autorizou ninguém a entrar, menos ainda Élcio – tanto que ele entrou e foi na casa de outro. Ninguém bateu na porta do presidente, ninguém autorizou, essa pessoa não conhece o presidente e nunca falou com ele. É apenas uma maquiagem para vinculá-lo ao assassinato”, garantiu.
Reação de Bolsonaro
Sobre a live gravada na noite desta terça-feira (29), o advogado negou que a reação de Bolsonaro tenha sido exagerada. “Não podemos analisar de forma isolada. Essa não é a primeira vez que acontecem insinuações de pessoas que tentam vincular o presidente e sua família com o assassinato [de Marielle]. A reação é compreensível dado a quantidade de vezes que ele e seus filhos foram vítimas de fake news, matérias distorcidas. Quando analisamos quantas vezes ele e sua família se viram vítimas disso, é compreensível a manifestação dele.”
“O home foi pego de surpresa, sendo atacado com mentiras, calúnias, em uma situação gravíssima. O presidente envolvido dessa forma, através de uma testemunha plantada, falsa, em um crime de dimensões internacionais. É de uma gravidade que não tem precedentes na história do Brasil. Não é incriminar um cidadão comum, é incriminar o presidente da República”, finalizou.
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