Além da França, Holanda e Espanha também endurecem medidas contra Covid-19
O presidente francês anunciou um toque de recolher que atinge Paris e mais oito cidades do país
A Europa está cada vez mais fechada diante do avanço na segunda onda de contaminações pela Covid-19. Na quarta (14), foi a vez dos franceses receberem ordens para reduzir o tempo que passam nas ruas. O presidente Emmanuel Macron anunciou um toque de recolher que atinge Paris e mais oito cidades do país. A partir de sábado (17) os franceses terão que ficar em casa entre às 21h e às 6h. Só poderá estar na rua quem tiver uma justificativa — caso contrário uma multa no valor de 135 euros poderá ser aplicada. Bares e restaurantes terão que fechar as portas. Visitas a casas de amigos e parentes também estão proibidas a partir das 21h.
As medidas valem inicialmente por quatro semanas, mas Macron já indicou que pretende estendê-las por, pelo menos, um mês e meio. Os estabelecimentos comerciais prejudicados financeiramente pelo toque de recolher vão receber ajuda estatal, de acordo com o presidente francês. O presidente afirmou que uma nova quarentena nacional neste momento seria desproporcional, mas admitiu que o toque de recolher já é um grande esforço e que para funcionar precisa do apoio da população. A França registrou quase 23 mil novos casos de coronavírus nesta quarta-feira.
Outros países
Enquanto isso, na Holanda, um lockdown parcial também foi anunciado com fechamento de bares e restaurantes. A região da Catalunha, na Espanha, adotou medida semelhante com fechamento de bares e restaurantes por 15 dias a partir de hoje. A Alemanha também registrou aumento expressivo de casos – foram mais de 5 mil ontem, na maior marca desde abril. A chanceler Angela Merkel também está adotando horários restritos de funcionamento para bares e restaurantes em áreas de maior risco. No Reino Unido continua a pressão para um novo lockdown de 15 dias, que está sendo chamado de circuit breaker. O gabinete conservador ainda reluta por conta das consequências políticas e, sobretudo, econômicas de uma ação dessas agora — mas já está claro que este será um longo e tenebroso inverno na Europa enquanto o continente aguarda o desenvolvimento de uma vacina.
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