Alerj terá comissão especial para debater impeachment de Witzel, diz deputado

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2020 09h57 - Atualizado em 11/06/2020 10h05
Divulgação/Facebook O deputado estadual do Rio de Janeiro Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) O deputado diz que, caso haja ao menos 36 votos favoráveis à admissão do pedido de impeachment na Alerj, o governador Wilson Witzel será afastado

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Luiz Paulo (PSDB-RJ), explicou, em entrevista ao Jornal da Manhã desta quinta-feira (11), os próximos passos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para dar prosseguimento ao pedido de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC).

Luiz Paulo é um dos autores do pedido protocolado e aprovado por unanimidade na Casa na quarta-feira (10). Segundo ele, a partir da segunda-feira (15), os partidos têm 48 horas para indicar um membro que participará de uma comissão especial criada para debater o tema. Com isso, a nova comissão criada, que terá cerca de 20 representantes, terá também 48 horas para definir um presidente e um relator.

“A partir daí abrirão os processos de discussão e também o prazo para o governador apresentar a sua defesa, atendendo todos os requisitos legais. Depois vai para uma nova fase, que é a fase de encaminhar a admissibilidade do impeachment”, afirma Luiz Paulo, que explica que esse processo pode durar de dois a três meses.

O deputado diz que, caso haja ao menos 36 votos favoráveis à admissão do pedido de impeachment na Alerj, o governador Wilson Witzel será afastado e a discussão será encaminhada para o Tribunal de Justiça que decidirá, em uma comissão composta por 10 membros, entre desembargadores e parlamentares, sobre a cassação.

Luiz Paulo afirmou ainda que o pedido de impeachment de Witzel foi baseado em três “linhas de graves problemas que aconteceram, em especial na secretaria de saúde”. Ele elenca, entre elas, a Operação Favorito da Polícia Federal, que prendeu o empresário Mario Peixoto, como um dos motivos considerados.

A Operação Placebo, que fez buscas e apreensão no Rio de Janeiro após indícios da participação do governador nas fraudes na saúde, também foi considerada para protocolar o pedido de impeachment.

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