Alessandro Vieira defende ampliação do auxílio emergencial até março de 2021

Proposta do senador inclui o pagamento de três novas parcelas do benefício com valor de R$ 300 cada

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2020 09h53 - Atualizado em 15/12/2020 10h04
Pedro França/Agência Senado O senador Alessandro Vieira Alessandro Vieira voltou a reforçar que a proposta de extensão é uma "medida necessária" pela situação sanitária e econômica do Brasil

Projeto de Lei (PL 5495/2020) defende nova extensão do auxílio emergencial em 2021. O senador Alessandro Vieira (Cidadania – SE) do protocolou nesta segunda-feira, 14, a proposta que busca ampliar o benefício para o próximo ano. Segundo ele, a medida se faz necessária pela inexistente “condição de retomada do mercado de trabalho” e ausência de um plano de vacinação contra a Covid-19. “A pandemia não se encerrou e as condições necessárias para que você tenha uma retomada do mercado de trabalho não estão impostas. Não temos um plano nacional de vacinação minimamente exequível, não temos uma retomada consistente, os dados mostram isso. Então a demanda pela auxílio continua presente. Deixar a situação ao abandono é que não se pode fazer, não tem como se imaginar que milhões de brasileiros vão ser jogados abaixo da linha da pobreza e nenhuma medida será tomada”, explica ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. O projeto também estende o período de calamidade pública no país.

A proposta é ampliar o benefício por mais três parcelas, mantendo o valor atual de R$ 300 por mês. A medida abrangeria mais de 60 milhões de brasileiros, com custo estimado em R$ 50 bilhões para os três pagamentos. Segundo Vieira, o  valor da nova extensão seria custeado “pelo aumento do endividamento” da máquina pública “por causa de uma demanda inadiável”. “O mercado precisa de previsibilidade, não dianta imaginar que o Brasil vai funcionar sem o auxílio e sem vacina. Isso não vai acontecer. Imagina uma massa de milhões de brasileiros que deixaram de ter renda, não tem acesso ao mercado de trabalho, como eles vão se portar? Não é uma ampliação irresponsável, é necessária para ter a construção de um caminho. Enquanto vários países já estão no roteiro de saída, o Brasil está pensando em comprar seringa. Tem que pensar nas pessoas que mais precisam.”

Ao ser questionado sobre a problemática do endividamento público, Alessandro Vieira voltou a reforçar que a proposta de extensão é uma “medida necessária” pela situação sanitária e econômica do Brasil. “É a necessidade imposta, são os fatos se colocando. Não é uma vontade política, muito menos populismo. A gente não está nessa linha, queremos manter o mínimo necessário para ter um processo de saída do auxílio emergencial e retorno ao mercado de trabalho. A gente está repetindo o roteiro do começo da pandemia. O importante é minimizar essa situação, garantir essa ponte de passagem da sociedade brasileira e depois retomar a austeridade fiscal. Mas não podemos fazer isso esquecendo dos milhões de brasileiros que precisam de assistência do Estado.”

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