Alexandre Padilha é criticado dentro do governo por condução da reforma ministerial
Avaliação é de que o ministro das Relações Institucionais conduziu negociações confusas e que geraram um desgaste desnecessário
A reforma ministerial abriu as portas do governo para o Centrão, com a entrada do Republicanos e do Progressistas na Esplanada dos Ministérios, no entanto, integrantes dos dois grupos avaliam que a definição das pastas demorou demais porque, supostamente, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), principal emissário de Lula (PT), colocava ministérios à disposição sem necessariamente consultar o presidente. A avaliação é de que as negociações foram confusas e geraram um desgaste desnecessário. Dentro de uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), a insatisfação com Padilha é direcionada pelo ministro Wellington Dias. Sua saída do governo e o desmembramento do Ministério de Desenvolvimento Social foram alternativas que chegaram a ser consideradas, o que deixou o ex-governador do Piauí descontente.
O terceiro foco de críticas a Padilha vem do PSB, que avalia que a reforma ministerial foi desgastante porque o partido teve que abrir mão da pasta de Portos e Aeroportos, que era chefiada por Márcio França, e correu o risco de ficar sem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Apesar da má avaliação generalizada de Padilha entre membros do governo e parlamentares, o ministro ainda não corre risco de perder o cargo. Padilha atualmente participa das negociações para entregar os comandos da Caixa Econômica Federal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) ao Progressistas e ao Republicanos, respectivamente.
*Com informações do repórter André Anelli
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