Anulações formais de investigações não apagam a corrupção, diz presidente do STF

Luiz Fux afirmou que os casos de roubalheira no Brasil não podem ser esquecidos, citando o Mensalão e a Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2022 12h46 - Atualizado em 11/06/2022 17h09
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Nelson Jr./SCO/STF Ministro do STF, Luiz Fuz Presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, discursou em solenidade pelos 75 anos do Tribunal de Contas do Pará, em Belém, nesta sexta-feira, 10. “Ninguém pode esquecer o Mensalão, a Lava Jato“, disse ele. “Tive a oportunidade, nesses 10 anos do Supremo Tribunal Federal, de julgar casos referentes à corrupção que ocorreu no Brasil. Ninguém pode esquecer que ocorreu no Brasil, no Mensalão, na Lava Jato”, disse. Fux afirmou ainda que as anulações formais de investigações não apagam a corrupção. “Muito embora tenha havido uma anulação formal, das aqueles R$ 50 milhões das malas eram verdadeiros. Não eram notas americanas falsificadas. O gerente que trabalhava na Petrobras devolveu US$ 98 milhões e confessou, efetivamente, que tinha assim agido”. O ministro se referia aos milhões relacionados ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.

No trecho do discurso em Fux citou os casos de corrupção como o Mensalão, ele defendeu a importância dos tribunais de contas no Estado Democrático de Direito. “O Tribunal de Contas como uma instituição essencial ao Estado de Direito, como o nosso. Em um país em que não há um tribunal de contas, cria-se uma tempestade perfeita entre os gastos públicos e a ausência de controle, ausência de transparência. Essa tempestade perfeita tem um nome, chama-se corrupção”, disse Fux.

*Com informações do repórter Victor Hugo Salina

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