Anvisa decide sobre autotestes para Covid-19 nesta sexta-feira
Expectativa é que os exames já estejam disponíveis em fevereiro nas farmácias; Queiroga fala sobre a vacinação infantil e nega ‘imposição’ de receita médica
O setor de medicina diagnóstica está preparado para a liberação dos autotestes de Covid-19 no Brasil e aguarda aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade vai analisar nesta sexta-feira, 28, o pedido do governo federal para a liberação do exame, que deverá ser oferecido nas farmácias. O Ministério da Saúde orienta que usuários com resultados positivos procurem unidades de saúde para notificação oficial, mas deixa facultativa aos fabricantes a criação de um sistema de registro de resultados. O presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, Carlos Eduardo Gouveia, diz que os primeiros autotestes podem estar disponíveis já em fevereiro. “Vai ser publicada uma resolução com os requisitos para o registros de cada um dos autotestes. As empresas já estão bem preparadas, já têm protótipos, as petições quase prontas, só esperando a definição.”
Nas últimas 24 horas, segundo dados da Saúde, foram registradas 672 mortes pela Covid-19, maior número desde 5 de outubro de 2021. O número de casos também bateu um novo recorde, com 228.954 infecções confirmadas. A principal estratégia contra a variante Ômicron tem sido o estímulo à vacinação. No entanto, dados do grupo “Coronavirusbra1” apontam que dos 89 milhões de brasileiros aptos a tomarem a terceira dose, 45 milhões não voltaram para o reforço. Também nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde emitiu uma nota de esclarecimento sobre a vacinação da faixa etária de 5 a 11 anos. Segundo a pasta, o governo não exige prescrição médica para vacinar as crianças, apenas recomenda que pais ou responsáveis consultem um médico para verificação de eventuais contra indicações, o que não é obrigatório, como esclareceu o ministro Marcelo Queiroga.
“Não é uma imposição, é uma recomendação. A campanha de vacinação está indo bem, uma adesão satisfatória, não só em relação a essa faixa etária, mas em relação às outras. Nós queremos avançar na segunda e na dose de reforço. Tenho dito isso de maneira reiterada, o objetivo é avançar nas regiões onde a cobertura está mais baixa. O Brasil é um país continental e há heterogeneidade entre um Estado e outro, mas é preciso que a gente siga de maneira mais homogênea”, afirmou. Ainda de acordo com o Ministério, a única exigência para vacinação de crianças é que os pais ou responsáveis estejam presentes.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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