Anvisa diz que ‘medidas serão tomadas’ caso sejam identificadas suspeitas de coronavírus em navio

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2020 09h38 - Atualizado em 17/02/2020 10h04
coronavirus-singapura O presidente da Anvisa reforçou que os estudos para uma vacina contra o coronavírus estão avançados, mas ainda é impossível falar em prazos

O navio que atracará em Santos na noite desta segunda-feira (17) e que pode ter casos suspeitos do novo coronavírus não é uma preocupação para a Anvisa. De acordo com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, a embarcação “não parece nada que não esteja no protocolo”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele ainda afirmou que o órgão está “seguro e operando com tranquilidade”.

“Um avião traz um número menor de passageiros em relação a um navio de cruzeiro, mas o procedimento é semelhante. O comandante, ao emitir um comunicado, aciona a equipe de Vigilância Sanitária local e ela faz uma avaliação assim que ele atraca. Nisso, identificam-se os casos que precisam passar por testes ou por isolamento. Se isso acontecer, as medidas serão tomadas.”

Barra Torres ainda falou sobre a situação dos brasileiros que estão em quarentena em Anápolis, em Goias, após retornarem de Wuhan. “Eles foram acolhidos, estão com a moral alta e isso repercute na saúde. Eles emitem mensagens na internet, estão em contato com familiares e entes queridos. O aspecto psicológico está bom e o físico passa por três avaliações por dia. Até o momento, ninguém apresentou sintomas.”

Vacina

O presidente da Anvisa reforçou que os estudos para uma vacina contra o coronavírus estão avançados, mas ainda é impossível falar em prazos. “Como a doença está acometendo vários países, tão logo a vacina estará disponível. Mas das pesquisas que estão em andamento é impossível estabelecer prazo. É importante ficar atento aos boletins emitidos diariamente pelo Ministério da Saúde.”

Ele ainda alertou para os cuidados básicos para evitar a baixa imunidade: boa alimentação e hidratação. Torres reforçou que, na existência de sintomas, o ideal é evitar contato com aglomerações e espaços fechados — além de usar álcool gel e cobrir nariz e boca ao espirrar. “A questão vacinal não é incerta, ela vai acontecer. Os cientistas do mundo todo estão trabalhando para que aconteça em curto prazo. Por hora, as medidas a fazer são essas, que mostram efetividade.”

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