Anvisa se reúne nesta quarta para tentar viabilizar vacinas contra Covid-19
De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão de início da vacinação é entre o dia 20 de janeiro e 10 de fevereiro
A Anvisa tem, nesta quarta-feira, 30, uma nova rodada de reuniões com representantes da Pfizer e da AstraZeneca. Eles vão discutir as exigências que estão sendo feitas pela Agência para aprovação da vacina contra Covid-19. Na terça-feira, 29, a Anvisa discutiu o assunto com a Fiocruz e, na semana passada, o encontro foi com o pessoal do Instituto Butantan. O Ministério da Saúde saiu em defesa da Anvisa, que tem sido acusada de fazer exigências exageradas aos laboratórios para aprovar os registros das vacinas. O secretário executivo do ministério, Élcio Franco, lembrou que a Anvisa é independente e não presta contas ao governo federal — mas que já teria informado para a pasta que as regras do registro emergencial das vacinas no Brasil são as mesmas da FDA.
O secretário, inclusive, reforçou o discurso do presidente Jair Bolsonaro de que, neste momento, cabe aos laboratórios prestarem as informações necessárias. “Eu não posso pegar pelo braço, levar lá e falar: ‘Pfizer, entregue seu relatório pra Anvisa.’ Eu posso pedir para a Pfizer falar com Anvisa para apreciar na maior brevidade possível, mas ela tem que seguir seus passos. A Anvisa é o nosso guardião. Ela que vai garantir que estaremos oferecendo uma vacina segura e eficaz.” Em meio às críticas, a Anvisa atualizou na terça-feira, 29, as regras para pedidos de registro emergencial de vacinas contra Covid-19. Antes, a Agência exigia informações sobre as vacinas que seriam disponibilizadas aqui no Brasil.
Agora, pede apenas a quantidade global. Com relação ao termo de consentimento que deverá ser assinado pelo paciente, a Agência sugere que se utilize um modelo já usado no Reino Unido. O secretário Élcio Franco explica que tem aconselhado os laboratórios que peçam logo o registro emergencial. O governo mantém a previsão de início da vacinação contra a Covid-19 entre o dia 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Ontem, o pregão eletrônico realizado pelo Ministério da Saúde para compra de seringas fracassou. A ideia era adquirir 330 milhões de unidades. O governo conseguiu apenas 7,9 milhões. O problema foi o preço do produto, que estava acima do estipulado — de R$ 0,22, contra R$ 0,13 a unidade previsto.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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