Anvisa tenta votar nesta terça-feira o uso medicinal da maconha

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2019 07h16 - Atualizado em 02/12/2019 07h19
Reprodução/Alexandre Rezende Folha da maconha Um dos principais defensores do uso medicinal da planta da maconha é diretor-presidente da Anvisa, Willian Dib

A diretoria da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vai tentar votar nesta terça-feira (3) as propostas que tratam do uso medicinal da planta da maconha. Dois textos deverão ser analisados.

Um deles autoriza que a Cannabis sativa seja produzida no Brasil, para fins científicos. Pela proposta, o plantio só poderia ser feito por empresas e em ambientes fechados, sob supervisão da Polícia Federal e com autorização da Anvisa.

Todo o material só poderia ser vendido para instituições de pesquisa e indústrias farmacêuticas. O cultivo em casa, por pessoas físicas, continuaria proibido.

Já a segunda proposta autoriza que sejam produzidos no Brasil remédios à base da Cannabis sativa. O texto prevê que as empresas interessadas peçam à Anvisa o registro para a fabricação desses medicamentos e a venda seria feita em farmácias.

Os dois textos já foram aprovados de forma preliminar em junho e, depois, colocados em consulta pública para que a população opinasse sobre o assunto.

Depois de receber as sugestões, a diretoria da Anvisa já tentou três vezes colocar as propostas em análise, mas a votação acabou sendo adiada.

Um dos principais defensores do uso medicinal da planta da maconha é diretor-presidente da Anvisa, Willian Dib. Nos últimos dias, ele tem recebido críticas do ministro da Cidadania, Osmar Terra, que se opõe à regulamentação.

Na semana passada, no Twitter, o ministro disse que Dib tentar apressar a votação, em sintonia com o lobby de grandes empresas brasileiras e canadenses que cobram a liberação.

*Com informações do repórter Vitor Brown

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