Apesar de cobranças, reforma tributária em 2020 é cada vez mais incerta
Parlamentares discordam sobre um possível consenso em relação ao tema ainda neste ano
Parlamentares se dividem sobre aprovação da reforma tributária ainda em 2020 e reconhecem falta de consenso. O desafio é unir as três propostas em tramitação no Congresso Nacional, que preveem a simplificação dos impostos no país. Uma das matérias que foi enviada pelo governo não engloba o ICMS dos estados. O vice-presidente da Comissão Mista que discute o tema, deputado Hildo Rocha, admite dificuldades de acordo. “Eu, como presidente, posso garantir que também tenho todo o interesse em aprovar até o fim do ano. Mas aguardamos que seja aprovado o texto em consenso, a proposta do Senado e a proposta da Câmara. Está sendo construído esse consenso. Acredito que ainda dá tempo.”
Ao contrário dele, o senador Oriovisto Guimarães, acha impossível aprovar a reforma ainda este ano. O parlamentar do Podemos avalia que compreender as mudanças tributarias é difícil. “Tem muita gente que não lê e quer criticar. Não é fácil de entender nem uma, nem outra. As dúvidas são muitas e não sou otimista. Não acho que vai ser aprovada nesse ano”, disse. Em meio ao debate no Congresso, o setor produtivo continua cobrando a aprovação da reforma. gerente de Políticas Fiscal e Tributária da CNI, Mário Sergio Telles, destaca que as mudanças vão ajudar o país a crescer. “Nós entendemos a reforma tributária como uma forma de fazer a aceleração do crescimento. Com isso, não tem setor que ganha ou perde: ganha o Brasil dentro dos setores. Se o Brasil estiver crescendo, vamos ter mais construção civil e mais renda. A visão da CNI é essa.” O gerente da CNI acrescenta que o atual sistema tributário não faz mais sentido e refuta qualquer possibilidade de aumento de impostos.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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