Após fala de Bolsonaro, Barroso volta a defender segurança da urna eletrônica
O presidente do TSE Barroso afirmou que o sistema de votação atual não é um problema para o Brasil e que o país enfrenta questões mais sérias
Na primeira sessão de 2021 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Corte, Luis Roberto Barroso, voltou a defender a urna eletrônica como sistema de votação. Segundo ele, o voto impresso favorece fraudes que “marcaram negativamente a história brasileira”. A fala do ministro sucedeu a publicação do presidente Jair Bolsonaro, que comentou a vitória de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado Federal ressaltando que a votação foi realizada de forma impressa.
Embora não tenha citado o presidente da República em seu discurso, Barroso afirmou que o sistema de votação atual não é um problema para o Brasil e que o país enfrenta questões mais sérias. “Um ano muito difícil para o mundo e para o Brasil, em que morreram mais de 220 mil pessoas, em que o real foi uma moeda de altíssima desvalorização, em que boa parte do Pantanal queimou, boa parte da Amazônia foi desmatada com recorde de desmatamento, houve uma coisa que funcionou bem, o sistema eleitoral”, disse. Luis Roberto Barroso lembrou que em momento algum houve provas efetivas de que as últimas eleições municipais foram fraudadas. “Em momento algum, em tempo algum se tenha documentado qualquer tipo de fraude. E mesmo nessas últimas eleições em quase 5.600 municípios não há nenhuma queixa efetiva, real e documentada de fraude.”
O ministro também classificou como “um grande sucesso” as eleições municipais de 2020 diante de um ano difícil, com a pandemia de coronavírus. O presidente do TSE também destacou o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, afirmando que uma das democracias mais consolidadas do mundo sofreu uma violação e ressaltou a importância de eleições livres e poderes limitados para a manutenção das democracias.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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