Candidato à presidência do Senado, Pacheco não descarta volta do auxílio emergencial
Para o senador, é preciso discutir uma forma de amparar pessoas atingidas pela pandemia, seja com nova modalidade do benefício, um novo programa social ou um incremento do Bolsa Família
O senador Rodrigo Pacheco, candidato à presidência do Senado pelo DEM, prometeu independência em relação ao governo federal, mesmo sendo apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Apontado como favorito, o senador mineiro reúne a adesão de nove partidos. Além de siglas da base aliada, está parte da oposição, como o PT e o PDT. Em coletiva no Senado, Pacheco confirmou que o apoio de Bolsonaro foi sedimentado em reunião no Planalto, no dia 24 de dezembro, ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Mas minimizou o fato. “A nossa candidatura é uma candidatura do Senado Federal, ela pertence aos senadores. Houve uma manifestação de simpatia pelo presidente da República pela nossa candidatura, como houve o apoio do PT, do PDT, de partidos de oposição. Então repito, essa é uma sinalização muito positiva que vamos poder construir uma pauta comum, de essência comum, para bem dos brasileiros.”
Pacheco se diz alinhado com o Ministério da Economia no compromisso com a responsabilidade fiscal e a manutenção do teto de gastos. Porém, ele não descarta uma retomada do auxílio emergencial. Para Rodrigo Pacheco, é preciso discutir uma forma de amparar pessoas atingidas pela pandemia, seja com nova modalidade do benefício, um novo programa social ou um incremento do Bolsa Família. “A pandemia não terminou, há pessoas alcançadas de maneira muito severa pela pandemia e que demandam uma uma assistência do Estado. E é fundamental que haja um diálogo com o Ministério da Economia para se encontrar uma matemática possível, que eu sei que é difícil, para compatibilizar o teto de gastos com a necessidade de amparar pessoas que estejam em vulnerabilidade pela pandemia.”
Rodrigo Pacheco opinou sobre outros temas caros ao presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que confia na urna eletrônica e não se mostrou simpático à instituição do voto impresso, mas reiterou que não vai impor a posição pessoal caso a maioria dos líderes partidários pense diferente. O senador do DEM também falou sobre posse e porte de armas. “A posse de arma de fogo para a proteção do cidadão e da sua família com critérios é algo absolutamente tolerável, mas quanto ao porte tenho as minhas restrições de armar a população indiscriminadamente, algo que sou definitivamente contra”, afirmou. Rodrigo Pacheco não detalhou se pretende retomar os trabalhos presenciais no Senado já em fevereiro caso ele seja eleito. As comissões temáticas, como a Comissão de Constituição e Justiça e o Conselho de Ética, que trata de casos como o do senador Flávio Bolsonaro, só devem voltar a funcionar presencialmente.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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