Após fala de Guedes, Carlos Alberto França reforça parceria entre Brasil e China

Ministro das Relações Exteriores afirmou que o país asiático é um parceiro chave para obtenção de vacinas e destacou a relação sólida e constante entre as nações

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2021 09h04 - Atualizado em 29/04/2021 16h06
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO O atual ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França Carlos Alberto França espera que o envio do princípio ativo para a fabricação das vacinas seja normalizado pela China entre maio e junho

O ministro das Relações Exteriores amenizou a fala de Paulo Guedes sobre a Covid-19 e a China. Nesta quarta-feira, 28, Carlos Alberto França reforçou que o país asiático é um parceiro chave do Brasil para obtenção de vacinas. O titular da Economia declarou, em reunião fechada, que o país asiático “inventou” o coronavírus e tem imunizantes menos eficientes. No entanto, diante da repercussão negativa, afirmou que usou imagem infeliz e que tudo não passou de mal entendido. Com isso, coube ao ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, esclarecer o ocorrido. “Entendo que a fala dele já foi esclarecida, não teria o que falar e creio que nada disso prejudica as relações do Brasil com a China. Tenho excelente relação com o embaixador chinês em Brasília, hoje mesmo pela manhã conversei com o ministro da Saúde, fiz uma telefone para o embaixador da China, estamos tratado da aceleração dos IFA para o Brasil. A cada dez litros exportados de IFA da China, oito vem para o Brasil. Então a nossa relação com a China é sólida, é constante e é baseada no pragmatismo.”

Carlos Alberto França espera que o envio do princípio ativo para a fabricação das vacinas seja normalizado pela China entre maio e junho. De acordo com ele, o governo do país asiático explicou que a produção de abril foi mais voltada ao mercado interno. Em audiência no Senado, o chanceler destacou a disposição do Brasil de comprar imunizante da Oxford/AstraZeneca dos Estados Unidos. Carlos Alberto França explicou que a vacina ainda não foi aprovada pelos órgãos americanos e pode fazer um acordo. “Facilitar esforços para o governo brasileira de modo a aproximar essa parte produtora, esse estoque de vacinas, de modo que possamos fazer algum tipo de arranjo. Seja comprando essas vacinas que têm uma data de validade limitada, seja para que possamos repor depois o estoque dos Estados Unidos, uma vez que a vacina da AstraZeneca não é utilizada porque não é aprovada pelo FDA”, disse.

O ministro lamentou o agravamento da Covid-19 na Índia, mas disse que espera receber oito milhões de doses da AstraZeneca, via Instituto Serum. Carlos Alberto França aguarda novos posicionamentos da Anvisa em relação a Sputnik V. O chanceler vai acompanhar, nesta quinta-feira, 29, a chegada do primeiro lote da vacina da Pfizer ao Brasil. Perguntado sobre a posição brasileira na Cúpula do Clima, o ministro das Relações Exteriores reiterou que se trata de uma postura de governo e citou uma conversa com representante americano para o clima, que deve acontecer nos próximos dias. “Devo estar acompanhado do ministro Salles, ele na verdade com a sua agenda que irá determinar o dia e estaremos jutos, mistério das Relações Exteriores e ministério do Meio Ambiente. O mérito grande que tem proposta de Vossa Excelência, Aécio Neves, de um grupo que possa ajudar o Executivo na implementação desse discurso”, disse. Na audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o chanceler defendeu o Mercosul, ressaltando que o bloco precisa ser modernizado.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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