Após fala de Omar Aziz, Forças Armadas dizem que ‘não aceitarão qualquer ataque leviano’
Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea rebateram a declaração do presidente da CPI da Covid-19
As Forças Armadas se posicionaram de modo contrário a fala do senador Omar Aziz (PSD), feita durante a CPI da Covid-19. Nesta quarta-feira, 7, o presidente do colegiado interpelou Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, afirmando que há “membros das Forças Armadas envolvidos com falcatruas no governo”. “Você foi sargento da Aeronáutica, conhece o Coronel Guerra? Olha, vou dizer uma coisa, as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados de algumas pessoas que estão na mídia. Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos em falcatruas do governo “, disse. Com isso, o Ministério da Defesa emitiu nota pontuando que as Forças Armadas “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. A repercussão fez Omar Aziz se pronunciar novamente, desta vez no plenário do Senado Federal, dizendo que não se intimidará.
“Agora, intimidação não. Intimidação eu não aceito. A minha vida, nunca foi fácil para mim, não. A minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou afirmar que o que eu disse na CPI, pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimidem. Porque quando estão me intimidando estão intimidando essa Casa aqui”, disse. A senadora Simone Tebet (MDB) saiu em defesa de Aziz e do parlamento. “Não há dúvida e eu fiz questionamento à testemunha, a sensação que se tem no Ministério da Saúde é que simplesmente alguns poucos militares nomeados no ministério estão comprometendo a imagem das Forças Armadas”, declarou. A nota do Ministério da Defesa foi assinada pelo titular da pasta, Walter Braga Netto, além dos comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea.
*Com informações do repórter Fernando Martins
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