Após ganhar apoio de prefeito de Belford Roxo, Lula faz ato para buscar eleitores no RJ nesta terça
Petista faz comício ao lado de Waguinho (União Brasil) para aumentar eleitorado no Estado onde perdeu para Jair Bolsonaro (PL) no 1º turno
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de ato em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira, 11. Na segunda, 10, o petista ganhou apoio do prefeito Waguinho (União Brasil) deste município do Rio de Janeiro em uma tentativa de aumentar o eleitorado no Estado onde Lula perdeu para Jair Bolsonaro (PL) no 1º turno. Para se aproximar da classe média, Lula prometeu no programa eleitoral isentar o Imposto de Renda de ganha até R$ 5 mil. O candidato à presidência participou de um encontro com políticos e representantes de movimentos sociais organizados, como o Todos Pela Educação, nesta segunda. A diretora do movimento educacional, Priscila Cruz, defendeu a candidatura de Lula: “Do outro lado temos o homeschooling, que é colocar essas crianças em casa totalmente à mercê de violência, abuso, trabalho infantil e milícias. Estou falando de cortes na educação e de perseguição àqueles que querem fazer pesquisa. Estou falando de uma educação que não tem nada a ver com a educação que a gente acredita”.
Natalie Unterstell, que é presidente do Instituto Talanoa, que discute soluções para o meio ambiente, também vê no petista as melhores propostas para o caminho de sustentabilidade que o mundo tenta trilhar: “Essa eleição vai selar nosso destino democrático e ecológico. Primeiro porque o clima já mudou, só que as políticas continuam sendo feitas para um clima que não existe mais. Das hidrelétricas, ao nosso PIB agrícola, a gente soma perdas e perdas e não há uma interupção. Por outro lado, o mundo mudou também, e a gente está assistindo uma corrida da transição para o baixo carbono, aliás, para carbono zero”. Lula disse em seu discurso que se sentia orgulhoso de quando era presidente e muitos jovens deixavam países como o Japão e voltavam para o Brasil por causa das oportunidades, e lamentou que hoje o movimento é o contrário.
O ex-presidente disse que é pressionado sobre sua composição de governo em uma eventual vitória e disse que não vai indicar ministros enquanto não ganhar de fato as eleições: “Como a gente monta o governo? Montar uma equipe não é uma coisa simples. Não basta a pessoa ser de excelentíssimo conhecimento específico, é preciso que haja uma mistura conhecimento com a política. Porque quando a gente está governando a gente pode errar em qualquer coisa que tem conserto, mas se você errar na política você não conserta. Se você errar o timing da política, você perdeu o tempo todo e perdeu o mandato”.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
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