Após invasão à embaixada americana, Irã e EUA trocam acusações

  • Por Jovem Pan
  • 01/01/2020 09h04
Reprodução/Twitter 12 pessoas ficaram feridas na ação, que foi uma resposta aos ataques aéreos americanos no Iraque

Um grupo de milicianos xiitas invadiu a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque, nesta terça-feira (31). Eles protestavam em resposta aos ataques aéreos americanos no país. Os manifestantes escalaram os muros e derrubaram uma porta para entrar na embaixada, além de atirarem pedras e tijolos e chegaram a atear fogo em uma área de recepção.

O embaixador e os funcionários foram retirados de perigo e colocados em um local fortificado dentro do território da embaixada. As forças de segurança foram acionadas e usaram gás lacrimogêneo para dispersar os milicianos. 12 pessoas ficaram feridas.

O primeiro ministro do Iraque, Adel Mahdi, chegou a fazer um apelo para que os manifestantes se afastassem do local. A invasão aconteceu logo após uma manifestação no centro de Bagdá, que reuniu centenas de de pessoas.

Um dos slogans do protesto era “Morte à América”. O principal alvo dos manifestantes é um bombardeio feito pelos Estados Unidos, neste domingo (29), contra um grupo de milícias que atua no Iraque e recebe apoio do Irã. O ataque aéreo deixou 25 mortos e 51 feridos.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou, nesta terça-feira (31), no Twitter que o ataque a embaixada americana estava sendo orquestrado pelo Irã e que o país será responsabilizado. De acordo com o Pentágono, os bombardeios realizados no domingo foram parte de um movimento defensivo contra um grupo dissidente do Hezbollah.

O ministério das Relações Exteriores do Irã respondeu dizendo que “os Estados Unidos têm a surpreendente audácia de atribuir ao Irã os protestos do povo iraquiano contra a matança selvagem de Washington”. O ataque aéreo aconteceu um dia depois que um empreiteiro civil americano foi morto em um ataque com um foguete em uma base militar no Iraque.

*Com informações do repórter Renan Porto

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