Após morte de Ecko, guerra de milícias faz novas mortes no Rio
Rivais do miliciano saíram em busca dos territórios controlados pelo paramilitar; três homens morreram e cinco ficaram feridos em um tiroteio na favela do Terreirão
A guerra pela sucessão de áreas que eram dominadas pelo maior miliciano do estado do Rio de Janeiro, Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em um cerco policial esse mês, teve um novo capítulo nesta terça-feira, 29. Três homens morreram e cinco ficaram feridos em um tiroteio na favela do Terreirão, na Zona Oeste da Rio. Segundo fontes, após a morte de Ecko, rivais do miliciano saíram em busca dos territórios controlados pelo então maior paramilitar do Estado. O Terreirão foi uma dessas áreas. A suspeita é que o tiroteiro desta terça-feira foi uma tentativa de aliados de Ecko de retomar o controle depois de serem expulsos do local. Moradores do Terreirão disseram que homens armados e encapuzados já chegaram na tradicional favela. O clima ficou tenso e muita gente até evitou sair de casa. Desde a morte de Ecko, a polícia vem monitorando os passos de aliados e inimigos de Ecko nessa disputa pela sucessão dos negócios milionários do paramilitar. Nos últimos dias, um ex-PM e um PM ligados a milicianos tiveram os carros fuzilados e morreram em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Essa é uma região dominada pelos paramilitares. Um levantamento feito recentemente apontou que Ecko tinha ligação com ao menos 80 agentes de segurança do Rio de Janeiro, a maioria PMs.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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