Área de deslizamento em Franco da Rocha não estava classificada como de ‘alto risco’, afirma prefeito da cidade

Até o momento, cinco mortos foram registrados e, segundo Nivaldo, chuvas foram as piores desde 2016; bombeiros ainda trabalham com a possibilidade de encontrar vítimas com vida (editado)

  • Por Jovem Pan
  • 31/01/2022 09h29
ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Deslizamento de terra em Franco da Rocha Deslizamento de terra em Franco da Rocha

O prefeito de Franco da Rocha, Nivaldo Santos, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 31, para falar sobre as fortes chuvas e deslizamentos de terra que ocorreram na cidade no último final de semana. O município foi um dos mais atingidos no Estado de São Paulo e já conta com cinco mortes. Ele classificou as tragédias decorrentes da chuva como a pior que já afetou o município desde 2016. Santos ainda informou que a região dos deslizamentos não estava classificada como de “alto risco” e que, por isso, não teria sido alvo de operações anuais de redução de perigo. “Nós sempre acompanhamos essas áreas mais sensíveis e, inclusive, essa área em que ocorreu a tragédia não estava classificada como alto risco. Mas, devido às chuvas que ocorreram no último mês, em especial na última semana, que foi encharcando o solo, e acabou, sem maiores avisos, acontecendo esse deslizamento de terra que, infelizmente vitimou cinco pessoas, que entraram em óbito”, disse.

Sobre o trabalho realizado ao longo do ano para evitar tragédias decorrentes de fortes chuvas, Nivaldo Santos destacou a construção de piscinões e uma agenda de redução de riscos, que não chegou a ser aplicada na região dos deslizamentos deste final de semana, por causa da não classificação de “alto risco”. “Nos últimos anos, estamos fazendo bastante investimentos, principalmente na construção de piscinões. Há cerca de 15 dias foi anunciada uma parceria com o governo do Estado para a construção de dois piscinões, que já foi licitada e a construção deve iniciar nos próximos 30 dias. Permanentemente, a gente faz obras para evitar os dramas que eventualmente as chuvas podem causar. Inclusive, fizemos o plano de redução de riscos nessas áreas mais sensíveis”, disse.

“Essa chuva realmente foi mais grave, nós tivemos uma [outra] em 2016, e essa foi mais grave, principalmente porque, há muito tempo, não tinham vítimas com esse problema das chuvas. E, infelizmente, dessa vez, tivemos cinco vidas perdidas”, afirmou Santos. O governador do Estado de São Paulo disponibilizou R$ 5 milhões para atendimento emergencial de vítimas e famílias afetadas em Franco da Rocha. O chefe do executivo municipal ainda disse não poder precisar o número de desaparecidos na cidade neste momento, mas que os bombeiros, que atuam na região desde o último domingo, ainda trabalham com a possibilidade de encontrar vítimas com vida na cidade. O prefeito ainda informou que a maioria das famílias afetadas pelos deslizamentos preferiu ir para a casa de parentes, mas que Franco da Rocha conta com 40 pessoas abrigadas em pontos públicos de acolhimento.

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