Chuvas no Estado de São Paulo causam deslizamentos, alagam cidades e deixam 21 mortos

Cidades mais castigadas foram Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2022 13h28 - Atualizado em 31/01/2022 09h22
Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo Rua completamente alagada na cidade de Monte Mor, em São Paulo Rio Capivari subiu e provocou o alagamento de ruas e casas em Monte Mor

Os temporais que atingiram o Estado de São Paulo durante todo o sábado, 29, e o começo do domingo, 30, afetaram drasticamente a região metropolitana da capital e o interior do Estado. Entre as cidades mais castigadas estão Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard. “Sobrevoamos as áreas atingidas. Impacta e entristece, principalmente a quantidade de desmoronamentos”, lamentou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Segundo a Defesa Civil, são 21 óbitos confirmados, sendo cinco óbitos registrados em Franco da Rocha, cinco em Várzea Paulista, quatro em Francisco Morato, três em Embu das Artes, um em Arujá, um em Jaú, um em Itapevi e e um em Ribeirão Preto. Oito crianças estão entre as vítimas. Além disso, o órgão afirma que seis feridos foram socorridos e há 11 desaparecidos. Em Várzea Grande, cidade localizada a 54 km de São Paulo, uma família morreu soterrada. Por volta das 6h deste domingo, a residência foi atingida por uma grande quantidade de terra de um morro que desabou e atingiu os quartos onde o casal e os três filhos dormiam.

Os transtornos pelas chuvas também deixaram cerca de 660 famílias desabrigadas ou desalojadas, segundo a Defesa Civil.  João Doria liberou R$ 15 milhões para ajudar as cidades atingidas por enchentes, quedas de árvores e deslizamentos de terra. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, foi ao Twitter afirmar que “o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, está em contato com a coordenadoria estadual de Defesa Civil e colocou todos os recursos federais à disposição do estado de São Paulo”.

Capivari, cidade que fica a 53 km de Campinas, registrou com 15 pontos de alagamento ao longo deste domingo. A prefeitura pediu a remoção de de 23 famílias que vivem próximas ao rio que leva o nome da cidade. “Para que a situação não se agrave, a Defesa Civil encarecidamente que ninguém resista à saída de suas casas”, alertou a prefeitura. Choveu no município três vezes mais do que o esperado neste final de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A administração municipal, ao constatar a elevação do nível do rio, pediu no sábado, 29, a abertura das comportas da Barragem Leopoldina, mas isso não foi suficiente para evitar o transbordamento. Também banhadas pelo Capivari, as cidades de Campinas, Monte Mor e Indaiatuba foram afetadas. Ontem, a Campinas foi castigada pelo temporal, que derrubou um muro na Avenida Cinco, alagou dezenas de residências (sobretudo nos bairros Jardim das Bandeiras, São Judas Tadeu e Jardim Planalto de Viracopos) e arrastou carros.

O Inmet alerta para a continuidade das chuvas nesta semana, superiores a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia. De acordo com o órgão, há grande risco no Estado de São Paulo de alagamentos e transbordamentos de rios, além de grandes deslizamentos de encostas. A Defesa Civil pede que, em situações como essa, as pessoas mantenham-se abrigadas até obter informações de que o caminho está seguro e evitem o trânsito por vias cobertas por água. Também são recomendadas medidas preventivas como executar a manutenção no madeiramento do telhado(para não ocorrer destelhamento em razão de chuvas), prestar atenção aos boletins meteorológicos e avisos de tempestades e, ao ser noticiado sobre chuva de granizo, deixar o veículo em local coberto, para evitar danos na lataria e nos vidros.

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