Às vésperas do 2º turno, desafio do TSE é responder questionamentos sobre segurança das urnas eletrônicas

Aliados do presidente Jair Bolsonaro levantam dúvidas sobre o processo de votação no país

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2020 12h16 - Atualizado em 23/11/2020 13h22
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MOURãO PANDA/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO urna eletrônica Segundo o Tribunal, em a urna eletrônica já foi utiliza em 13 eleições e trabalha com o que há de mais moderno em termos de segurança da informação

Faltando uma semana para o segundo turno das eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trabalha para conter dúvidas que têm sido levantadas com relação à segurança das urnas eletrônicas. Informações divulgadas na semana passada apontando que brechas encontradas no equipamento teriam sido o motivo da contratação de um supercomputador, atual responsável pela apuração dos votos, movimentaram aliados do presidente, que passaram a questionar o processo de votação no país. O próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, incentiva tais questionamentos. “Eu, por exemplo, não confio no sistema eleitoral. Fui eleito porque tive muito voto. Quem acredita no voto eletrônico? Eu não acredito. E devemos atender a vontade popular”, disse Bolsonaro aos apoiadores.

O presidente insiste na necessidade da impressão do voto. No TSE, o ministro Luís Roberto Barroso tem assegurado a segurança dos equipamentos, apesar dos atrasos ocorridos no primeiro turno. “Os resultados tiveram a mais absoluta integridade. Tudo auditável, não há risco de fraude no sistema eleitoral brasileiro. O TSE só faz a totalização, o resultado das eleições saem da própria urna imediatamente após o término da votação”, reforça. Segundo o Tribunal, a urna eletrônica já foi utiliza em 13 eleições e trabalha com o que há de mais moderno em termos de segurança da informação para garantir a integridade, transparência e autenticidade do processo eleitoral brasileiro. A proteção do sistema, segundo o órgão, é feita em camadas, formada por diversas barreiras que, em conjunto, não permitem que a urna seja violada. Qualquer tentativa de ataque causa um efeito dominó, que bloqueia o sistema e trava o equipamento. Assim, como qualquer tentativa de executar um software não autorizado na urna também resulta no bloqueio. O Tribunal lembra também que, embora seja eletrônica, a urna funciona de maneira isolada, não utiliza internet e cada uma delas produz um relatório que pode ser auditado, se necessário.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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