Associação Brasileira de Proteína Animal prevê aumento nas exportações em 2022

Mesmo com a falta de chuvas e o impacto negativo na produção de milho, a expectativa é de crescimento para as vendas de suínos e aves no mercado internacional no próximo ano

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2021 06h54 - Atualizado em 30/09/2021 10h18
Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo Produção de frangos No mercado interno, a carne de frango deve ter uma pequena queda com relação ao ano passado, mas segue em ascensão

Mesmo com a falta de chuvas e o impacto negativo na produção de milho neste ano, a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa) tem expectativa de que as exportações de suínos e aves aumentem em 2022. Segundo a entidade, o aumento de preço do frango e do ovo não está ligado diretamente ao desempenho do setor. No entanto, a a produção de 54 bilhões de ovos foi prejudicada em virtude da queda da safra do milho. Para o ano que vem, a projeção é que o setor do agronegócio continue aquecido, com crescimento de 4,5% na produção de frango, 4% de carne suína e de 3% nos ovos. Sobre as parcerias com o mercado externo, a Abpa destacou o comércio de ovos com os Emirados Árabes, com a taxa de importação chegando a 63% da comercialização internacional. Outro destaque é a China, principal parceiro no comércio de suínos, representando 52% das vendas.

No mercado interno, a carne de frango deve ter uma pequena queda com relação ao ano passado, mas segue em ascensão. Os brasileiros têm buscado a ave como alternativa à carne vermelha, cujo preço tem assustado. Entre os países importadores de frango, novamente a China aparece em evidência, sendo o maior consumidor do produto brasileiro e representando 15% do mercado. Diante da crise econômica, o presidente da Abpa, Ricardo Santini, afirmou que a associação mantém contato com o governo para negociar isenção de impostos.

“Atenderam os pedidos do setor de retirar Pis/Cofins para importação do milho do exterior, abertura da importação do milho dos Estados Unidos. Isso fez com que o setor conseguisse ter algumas estabilidades e parasse aquele processo especulativo que experimentamos desde o ano passado”, disse. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, o setor foi impactado negativamente pelo aumento do custo de produção, pela atuação de países concorrentes, entraves logísticos e pela pandemia de coronavírus.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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