Atletas brasileiros se preparam para os Jogos Olímpicos do Japão

Jogos foram marcados para 23 de julho de 2021, mas a continuidade da pandemia do coronavírus coloca em dúvida se a data realmente será mantida pelos organizadores

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2021 11h27 - Atualizado em 25/01/2021 11h29
EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA Símbolo dos Jogos Olímpicos Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputados em 2021

Sem certeza se haverá os Jogos Olímpicos do Japão em 2021, atletas brasileiros classificados para os jogos intensificam a preparação. Marcada inicialmente para 23 de julho de 2020, a olimpíada foi adiada para 23 de julho de 2021, mas a continuidade da pandemia do coronavírus coloca em dúvida se a data realmente será mantida pelos organizadores. Mesmo assim, o trabalho dos atletas não pode parar. Laís Nunes é atleta de wrestling, também conhecido como luta olímpica. Ela participou dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e está classificada para os Jogos de Tóquio. A atleta sonha em trazer a primeira medalha do Brasil na modalidade. Lais conta que, desde o ano passado, ela treina todos os dias a parte física, técnica, mas, principalmente, a parte emocional. “Independentemente da quarentena, eu consegui manter os meus treinamentos em casa até poder voltar agora com o meu treinador cubano. Mantive a parte física toda planejada e programada pelo meu treinador, mantive os treinos em casa e cuidei bastante da parte mental, que eu acredito que é o que realmente vai a diferença nos jogos”.

Melhor velocista nacional, tricampeão brasileiro dos 100m, Paulo André é um paulista de coração capixaba. Nascido em Santo André e radicado em Vila Velha (ES), aos 22 anos, ele já foi campeão mundial de revezamentos no 4x100m, em Yokohama, no Japão, medalhista de ouro (4x100m) e prata (100m) nos Jogos Pan-Americanos de Lima. No atletismo, as provas de campo e pista serão disputadas no Novo Estádio Nacional, em Tóquio, que também receberá as cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas deste ano. Depois de mais de um ano sem competir, Paulo André teve o gostinho de disputar dois campeonatos no final do ano. “O mundo todo estava nessa situação, então todos tiveram que se adaptar a essa nova fase. Mas, no final do ano de 2020, a gente conseguiu encaixar duas competições. Então eu já comecei a sentir a adrenalina, a atmosfera, aquele clima de competição para poder relembrar e acender a chama de competitividade”, contou. Cerca de 200 atletas participaram da Missão Europa no ano passado e puderam treinar em outros Países da Europa, como Portugal.

Bronze no Mundial de Judô de 1999 e atual gestor executivo de alto rendimento do COB, Sebastian Pereira acredita que os jogos irão acontecer podendo ter restrições, inclusive do publico. “A gente tem consciência total que vai haver restrições. Já estão acontecendo ajustes dentro do planejamento diante das notícias que chegam para a gente de forma oficial, porque tudo boato agora é muito, mas, de forma oficial, os jogos vão acontecer. Se vai torcida, se vai ter apenas o público japonês, a gente ainda não sabe, mas temos a certeza que as olimpíadas vão acontecer e a gente trabalha para isso”, disse Pereira. Claro que em uma proporção bem menor, todos os 72 tenistas vão participar do Australian Open agora em fevereiro. Os atletas ficaram 14 dias no quarto do hotel, isolados. Pelo menos dá uma esperança para que os jogos olímpicos possam acontecer.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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