‘Aumento dos combustíveis não é culpa do ICMS’, diz presidente do Comsefaz
Décio Padilha criticou a aprovação do projeto que limita o teto de 17% para a cobrança do tributo sobre combustíveis
O novo aumento nos preços do diesel e da gasolina, anunciado pela Petrobras na última sexta-feira, não é culpa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Essa, ao menos, é a opinião de Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federa (Comsefaz), que criticou a aprovação do projeto que limita o teto de 17% para a cobrança do tributo sobre combustíveis. “O ICMS está congelado desde novembro do ano passado, há mais de seis meses, e não evitou os reajustes. Somente o diesel, com o aumento anunciado pela Petrobras, já aumentou mais de 53% apenas em 2022. O verdadeiro problema é a questão da cotação internacional do barril de petróleo, não os tributos. Não adianta zerar os tributos. O problema é conjuntural e não será resolvido somente com soluções estruturais. Congelar o ICMS vai afetar a saúde e a educação por muitos anos”, declarou.
O reajuste impacta diretamente no cotidiano dos brasileiros. À reportagem do Grupo Jovem Pan, o motorista Albertino Inácio Pereira criticou o aumentou da Petrobras e concordou com o presidente do Comsefaz. “Cada diz mais caro. Está ficando cruel! Congelar o ICMS não vai mudar nada. Zero!”, comentou. A mesma realidade está sendo vivida por Carlos Magno Janssen, dono de restaurante na cidade de São Paulo. “É um absurdo. Está tudo muito caro! Não é só o abastecimento do carro. Como eu trabalho com restaurante, acaba refletindo na outra ponta também. Temos que segurar o máximo que pode… Se repassar, os clientes vão embora. Dói no bolso. No dia a dia, estou entrando sempre na reserva do combustível”, revelou.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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