Avanço da variante Ômicron adia retorno definitivo ao trabalho e ensino presencial

Especialistas avaliam os benefícios do home office e da adoção do sistema híbrido; na educação, crescem as dúvidas sobre a manutenção do ensino à distância

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2022 12h19
Alizée Baudez/Unsplash Mudança de hábitos de consumidores de diferentes classes sociais pressiona vendas online de eletroeletrônicos em 2021 Com a chegada da Ômicron e o avanço da influenza, o retorno definitivo do trabalho e do ensino presencial está sendo revisto

A vida da analista de comunicação, Mônica Pelege, mudou com a pandemia. Em trabalho home office, ela conta que conseguiu elevar a sua produtividade e ainda ganhou tempo para realizar o sonho de cursar uma faculdade de direito. De forma remota, ela revela que está conseguindo conciliar o estudo com o trabalho e tarefas caseiras. “Foi até um benefício, porque me sinto mais produtiva em casa do que ir para o trabalho. Geralmente perco duas horas no trânsito para ir, duas horas para voltar e são quatro horas que eu consigo utilizar durante o meu trabalho. Então esse sistema remoto me permitiu também cursar essa faculdade”, relata.

Com a melhor na pandemia, o trabalho híbrido também ganhou espaço, com as pessoas dividindo o tempo em casa e presencial. A psicóloga Shana Wajntraub vê benefícios na modelagem e diz que o brasileiro se adaptou ao novo cenário. “O primeiro é mais qualidade de vida, porque as pessoas ficam menos tempo no trânsito, principalmente em São Paulo. As pessoas conseguem, dentro de casa, brincar com os cachorros, reservar um tempo também para exercícios físicos, conseguem equilibrar mais suas agendas para atividades pessoais e profissionais. Para as empresas, menos custos com estrutura”, pontua.

No entanto, com a chegada da variante Ômicron e o avanço dos casos de influenza, o retorno definitivo do trabalho e do ensino presencial está sendo revisto e há dúvidas se os alunos conseguem assimilar o que é transmitido à distância. O especialista em educação e tecnologia, Alfredo Freitas, aponta que isso absorver os conteúdos depende da quantidade de alunos por professor: “Foi que 83% dos estudantes falaram que aprenderam mais estudando via internet, ou igual, do que no presencial. E somente 17% das pessoas entenderam que tiveram uma aprendizagem melhor no presencial. O detalhe é que são turmas com professores atuando em grupos de 15 a 25 anos. Quando temos um professor com tempo suficiente para se dedicar aos alunos, podemos ter um ensino de excelência. No entanto, se sobrecarregamos o professor no ensino na internet, vamos ter um ensino ruim”, pontua.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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