Baladas clandestinas do Centro de SP tiram o sono do paulistano
Reportagem da Jovem Pan News foi ao bairro da Bela Vista para averiguar a situação da esquina da rua Frei Caneca com a Peixoto Gomide
A noite paulistana é uma das mais famosas do mundo por conta da sua diversidade, mas ultimamente algumas baladas, muitas vezes clandestinas, da cidade de São Paulo têm se transformado em pontos de venda de drogas e perturbação dos vizinhos. Após receber uma denúncia, a reportagem da Jovem Pan News foi ao bairro da Bela Vista, na região do Centro, para averiguar a situação da esquina da rua Frei Caneca com a Peixoto Gomide.
As imagens da reportagem flagraram som alto, ingestão de bebidas alcoólicas, venda indiscriminada de drogas, pessoas fazendo necessidades como se as calçadas fossem banheiros e até sexo a céu aberto. O tráfico atua no local sem ser importunado, são inúmeros grupos de pessoas portanto entorpecentes dos mais variados tipos, entre eles: maconha, ecstasy, cocaína e crack. Policiais em uma viatura da Polícia Militar estacionada apenas observam o movimento.
Uma vendedora de cachorro quente questionada pela reportagem declarou que o fluxo de pessoas das baladas não para, pois os frequentadores trocam constantemente de local. “Uma hora eles vão sair de uma para a outra. É open bar e assim você vai curtir três baladas ao mesmo tempo saindo de uma casa pra outra”, declarou a comerciante. O advogado criminalista Douglas Goulart falou sobre a inoperância dos agentes de segurança na área.
“Dentro de uma situação específica dessa que nós temos, além da questão da perturbação do sossego, também há uma situação evidente de tráfico. O que se verifica é que, aqui em São Paulo, infelizmente, com base no crescimento da cracolândia e esse tipo de coisa, parece ter se criado uma espécie de permissivo em relação ao centro expandido da cidade. Há uma questão de que criou-se a ideia de enxugar gelo e parece que, até na postura dos próprios indivíduos ali, eles se sentem muito livres, soltos e tranquilos para fazer a ação que eles estão fazendo”, declarou o especialista.
De acordo com o advogado, os donos de estabelecimentos também devem ser responsabilizados: “Se há uma nítida relação daqueles indivíduos que estão lá fora com o estabelecimento, se são frequentadores que, apesar de saírem, estão fazendo a festa com base no ambiente que desfrutam lá dentro. O estabelecimento deve, ainda que não criminalmente, responder perante a prefeitura com base em multa. Isso é um alerta para os donos de estabelecimentos no centro da cidade”.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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