Bolívia marca novas eleições para 3 de maio

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2020 11h22
EFE Um projeto de lei para ampliar o atual mandato da presidente interina, Jeanine Áñez, está sendo discutido no Congresso

A Bolívia voltará às urnas no próximo dia 3 de maio para eleger presidente, vice-presidente e renovar os integrantes da Assembleia Legislativa do país após as denúncias de fraude que provocaram tanto a anulação do pleito de outubro como os  protestos que culminaram na renúncia do então presidente, Evo Morales.

A data foi confirmada por Oscar Hassenteufel, integrante do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia (TSE). “As eleições ocorrerão no primeiro domingo de maio”, disse, em entrevista coletiva. O pleito será oficialmente convocado na segunda-feira (6).

Candidatos

A Assembleia Legislativa da Bolívia, controlado pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido liderado por Morales, escolheu seis dos novos integrantes do TSE. O sétimo membro foi nomeado pela senadora Jeanine Áñez, presidente interina do país, que tem esse direito garantido constitucionalmente.

Um projeto de lei para ampliar o atual mandato de Áñez e dos parlamentares bolivianos está sendo discutido no Congresso. A atual legislatura termina no próximo dia 22 de janeiro, antes da data marcada para a nova eleição.

Morales não será candidato na próxima eleição. Refugiado na Argentina, ele comandará uma reunião do MAS no dia 19 para que o partido escolha o nome que o representará no pleito.

O ex-presidente Carlos Mesa, principal adversário de Morales nas eleições anuladas, confirmou que será candidato mais uma vez. Outro nome confirmado é o de Luis Fernando Camacho, líder de protestos contra o ex-presidente do país após as acusações de fraude. Ele, porém, ainda não tem partido.

Relembre

Morales venceu as eleições realizadas em outubro em primeiro turno, mas a votação foi anulada após denúncias de fraude em favor do agora ex-presidente da Bolívia, que renunciou ao cargo por pressões das Forças Armadas. Ele afirma ter sido vítima de um golpe de Estado.

Em relatório, a Organização de Estados Americanos (OEA) disse ter “operações dolosas” alteraram a “vontade expressada nas urnas”. Os integrantes do TSE responsáveis por organizar o pleito foram processados e presos preventivamente, acusados de crime eleitoral.

*Com informações da Agência EFE

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