Bolsonaro chama Salles de ‘excepcional ministro’ um dia após operação da PF

Chefe do Meio Ambiente é investigado por suposto envolvimento em um esquema de facilitação de contrabando florestal

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2021 07h39 - Atualizado em 21/05/2021 10h22
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da República, Jair Bolsonaro, abraça o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles Jair Bolsonaro, elogiou a atuação de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente

O presidente da República, Jair Bolsonaro, elogiou, nesta quinta-feira, 20, a atuação de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente. “O ministro Ricardo Salles, um excepcional ministro, mas as dificuldades que ele tem junto a setores aparelhados do Ministério Público, os xiitas ambientais, e as dificuldades são enormes. Não é apenas aa Tereza Cristina a responsabilidade por ajudar o campo a produzir mais, é do Ricardo Salles também, é do governo federal também, afirmou durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Declaração aconteceu um dia após a ação da Polícia Federal revelar suposto envolvimento do ministro em um esquema de facilitação de contrabando florestal. A Operação Akuanduba ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo Salles alvo de mandados de busca e apreensão. O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo e outros servidores estão sob investigação. Depois da operação, Salles esteve reunido com Bolsonaro e outros ministros do governo. O chefe do Meio Ambiente chegou a afirmar que a operação da PF era “exagerada e desnecessária”.

Por sua vez, também nesta quinta, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes “provavelmente reconheceu que existem indícios fortes” de irregularidades para autorizar a Operação Akuanduba. No entanto, Mourão diz que é preciso aguardar o andamento das investigações, pois toda história tem dois lados. Sobre uma possibilidade de afastamento de Salles do governo federal, o vice-presidente disse que a decisão cabe exclusivamente ao presidente da República.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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