Bolsonaro defende aumento nas vendas de armas e promete novos decretos

Para o presidente da República, o crescimento de mais de 90% registrado em 2020 ainda é ‘pouco’

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2021 06h02 - Atualizado em 12/01/2021 07h15
Segundo dados da Polícia Federal, 2020 bateu o recorde de quase 180 mil novas armas registradas

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 11, a apoiadores, que deve assinar novos decretos voltados para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores. Segundo dados da Polícia Federal, 2020 bateu o recorde de quase 180 mil novas armas registradas. A proposta do mandatário é aumento ainda maior nas vendas, já que, para Bolsonaro, o cidadão foi por muito tempo desarmado. “Vai. Tem três decretos pra sair. Eu acho que sai essa semana. Dois ou três… Eu não posso ir além da lei. Vai facilitar mais coisa pra vocês aí. Nós batemos recorde ano passado, em relação a 2019, mais 90% em venda de armas. Tá pouco ainda, tem que aumentar mais. Porque o cidadão muito tempo foi desarmado”, disse. O presidente afirmou ainda que, com a mudança na presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro, espera que a casa de leis dê prosseguimento a projetos sobre a flexibilização do acesso a armas de fogo.

Ao longo de seu mandato, Jair Bolsonaro tem editado regras que facilitem o porte e a posse de armas de fogo. Entre as normas já publicadas está o aumento do número de armas e munições que cidadãos podem adquirir. Também houve a liberação do acesso a armas que antes eram de uso restrito. Em dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, suspendeu a decisão do governo que zerou a alíquota para a importação de revólveres e pistolas. Com a decisão ficou mantido o imposto de 20% sobre o valor da arma. Na época, o magistrado afirmou que o risco de um “aumento dramático da circulação de armas de fogo” justifica decisão de suspender a norma editada pelo presidente da república.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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