Bolsonaro diz que colapso na saúde em Manaus não é responsabilidade do governo federal

Segundo o presidente da República, o governo ‘sempre fez a sua parte’ para o enfrentamento à pandemia da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2021 07h40 - Atualizado em 01/02/2021 10h26
LUIZ GOMES/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚD presidente jair bolsonaro, homem branco de cabelos grisalhos e camisa branca, olhando para o lado. Foto somente do rosto dele O presidente afirmou que não está preocupado com o inquérito aperto pela Polícia Federal contra o ministro da Saúde

O presidente da República, Jair Bolsonaro, aproveitou o fim de semana para passear de moto pelas ruas de Brasília. O mandatário posou para fotos, conversou com populares no sábado, 30, e foi até a Granja do Torto, onde mora o ministro Paulo Guedes. O presidente voltou a criticar quem defende o “fique em casa”, lembrou que o governo já separou R$ 20 bilhões para comprar vacinas contra a Covid-19 e mais uma vez se comprometeu a comprar todas as doses disponíveis aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele afirmou que não está preocupado com o inquérito aperto pela Polícia Federal contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e deixou claro que a crise sanitária em Manaus não é responsabilidade do governo federal. “O governo federal sempre fez a sua parte. De acordo com a determinação do Supremo, demos os meios e materiais para que, na ponta da linha, governadores e prefeitos gerissem a questão da saúde. Mas tivemos uma crise, as Forças Armadas, através da Força Aérea e depois do Exército e a Marinha, fez um trabalho excepcional.”

Apesar das pressões, inclusive de partidos aliados, para substituir Pazuello, dentro da ala militar o desafio é continuar blindando o ministro. A reclamação de dentro do governo é que a atuação de Eduardo Pazuello é tratada como se fosse atuação dos militares dentro da administração federal, e uma substituição seria quase uma admissão de derrota. Pesa a favor do chefe da pasta o fato de dois ministro já terem ocupado o cargo em meio à pandemia e o governo, ou seus aliados, não quer ser responsabilizado por um atraso no combate à Covid-19.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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