Bolsonaro e ministros buscam alternativas para tentar conter aumento do diesel
O presidente Jair Bolsonaro comanda nesta terça-feira (16), em Brasília, reunião que busca uma alternativa para tentar conter o aumento do diesel no país. Nesta segunda-feira (15), cinco ministros, entre eles o da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniram com os presidentes do BNDES e da Petrobras.
Eles vão apresentar nesta terça ao presidente as informações cobradas na semana passada: como se calcula o preço, porque ele é tão alto e alternativas que possam evitar, por exemplo, uma nova paralisação dos caminhoneiros.
O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, ao deixar o Palácio do Planalto, lembrou que a empresa é livre, disse que o presidente não determinou que o reajuste de 5,7% fosse revisto, apenas alertou para os riscos. Ainda de acordo com ele, durante reunião na Casa Civil, não se discutiu a política de preços, não se falou em subsídios, a conversa passou, segundo ele, por questões reestruturantes, importantes para o país nesse momento.
A líder do Governo no Congresso, Joice Hasselmann, que também esteve no Planalto, explicou que o Governo está atento às demandas e insatisfação dos caminhoneiros, com relação ao preço do diesel, mas que é preciso nesse momento, manter o diálogo.
O risco de uma nova paralisação da categoria, foi a maior preocupação do presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Por isso ele pediu à Petrobras que suspendesse o reajuste anunciado de 5,7% no preço do diesel.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, estava nos Estados Unidos e admitiu ter sido surpreendido pela notícia. Ele afirmou, no entanto, que era possível consertar possíveis erros. Nesta segunda, o ministro esteve pessoalmente com o presidente. Ele é contra qualquer política de controle de preços.
O Governo nega que pretenda interferir nessa questão. O presidente afirma que na verdade pretende entender o que está acontecendo. O porta-voz da Presidência, Rêgo Barros, já afirmou que o presidente não pretende impor a vontade dele, como fizeram outros presidentes. O próprio Bolsonaro, explicou que ele precisa ser convencido, da necessidade desses aumentos no preço do óleo diesel.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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