Bolsonaro fala em diálogo com Alexandre de Moraes, mas reafirma críticas ao STF

Presidente tem dado sinais de que não busca necessariamente um entendimento entre os Três Poderes

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2021 07h04 - Atualizado em 20/08/2021 10h22
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Nelson Jr./SCO/STF - 12/08/2021 Ministro Alexandre de Moraes olhando com os olhos de canto, sentado em cadeira amarela, com terno vermelho, camisa branca e gravata bordô com bolinhas Bolsonaro não vê a hora do ex-ministro André Mendonça assumir uma vaga do STF, deixada com a aposentadoria de Marco Aurélio

Em meio aos esforços do governo, do Congresso e até mesmo do STF para buscar a reaproximação dos Três Poderes e deixar de lado as polêmicas, chamou a atenção na última quinta-feira, 19, o fato do presidente Jair Bolsonaro ter dado sinais de que não busca necessariamente um entendimento. Mais uma vez, ele não poupou criticas aos ministros do Supremo. Bolsonaro, que foi incluído no inquérito das fake news, afirmou que abrir um processo contra presidente da República sem ouvir o Ministério Público seria ditadura. “Não estou atacando ninguém, nenhuma instituição. Algumas poucas pessoas que estão turvando as águas do Brasil. Quero paz, quero tranquilidade. Converso com o senhor Alexandre de Moraes, se quiser conversar comigo. Converso com o senhor Barroso, se quiser conversar comigo. Converso com o senhor Salomão, se quiser conversar comigo. Ele fala o que ele acha que está certo, eu falo o que está para o lado de cá. E vamos chegar num acordo.”

O presidente não vê a hora do ex-ministro André Mendonça assumir uma vaga do STF, deixada com a aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello, para ter mais um aliado no Supremo. Antes, no entanto, Mendonça vai precisar ser sabatinado pelo Senado — sabatina que ainda não foi marcada. Mesmo tendo sido anunciado depois, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado marcou para quarta-feira da semana que vem uma outra sabatina: de Augusto Aras. Ele foi reconduzido pelo presidente Jair Bolsonaro ao cargo de procurador-geral da República. O relator será o senado Eduardo Braga. Depois da CCJ, a indicação ainda terá que ser analisada pelo plenário da Casa, em votação secreta, sendo necessários 41 votos para aprovação do nome dele.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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