Bolsonaro nega que Pazuello tenha negociado vacinas e chama acusações de corrupção de ‘má fé’

Presidente falou sobre assunto na saída de hospital e disse ter orgulho de saber que contratos irregulares não avançaram no Ministério da Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2021 11h33
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Jovem Pan News/Youtube/Reprodução de vídeo Bolsonaro falando na saída de hospital Bolsonaro negou acusações contra Pazuello

O presidente Jair Bolsonaro falou na manhã deste domingo, 18, sobre as acusações de que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, teria participado de negociações com empresários que queriam vender doses da CoronaVac com preços três vezes maiores do que o normal pouco antes da saída dele do cargo. Questionado sobre o assunto por uma jornalista na saída do hospital Vila Nova Star, o presidente questionou se a profissional trabalhava em São Paulo ou em Brasília e afirmou que a capital federal é o “paraíso dos lobistas”. “Todos vocês ali nos pressionavam por vacinas, então muitas pessoas foram recebidas no ministério. Vocês viram o próprio traje do Pazuello, ele está, se eu não me engano, sem paletó. Aquele pessoal se reuniu com o diretor responsável por possíveis compras lá no Ministério e na saída ele [Pazuello] conversou com o pessoal. Aquele vídeo, se fosse algo secreto, negociar algo superfaturado, ele estaria dando uma entrevista, meu Deus do céu? Ou estaria escondidinho no porão do ministério?”, perguntou.

O presidente afirmou, ainda, que não é possível fraudar a compra de vacinas no governo e que há uma grande quantidade de órgãos que fiscalizam as negociações, como a Controladoria-Geral da União. “Lá em Brasília não falta gente para vender lote na lua, acredita quem quiser. Agora, grande parte da imprensa adota um caminho de simplesmente divulgar algo que não fizemos. É motivo de orgulho para mim saber que todos esses possíveis contratos não deram mais do que um passo e foi provado que existia irregularidade. Eu sempre determinei para o Ministério da Saúde comprar vacinas duas condições: passar pela Anvisa e só pagar depois que chegar”, disse. Bolsonaro afirmou que, se ocupasse cargo na Saúde, também teria apertado as mãos dos empresários catarinenses. “Nos acusar de corrupção por algo que não compramos, que não pagamos, isso é má fé”, afirmou.

O presidente disse que não tomaria vacinas até que todos os brasileiros estivessem imunizados. “Depois que todo mundo, eu vou estar em uma fila. Para que chegue a última dose para mim. Tem 200 caras atrás de mim, eu, como chefe, aprendi no exército, primeiro os meus subordinados, né? Se bem que você não é minha subordinada, mas depois que todos se vacinarem, aí vai chegar a minha vez”, pontuou. Bolsonaro também falou sobre as possibilidades de voto auditado, comentou as medidas de lockdown no país para tentar controlar a pandemia, criticou o governo de São Paulo e João Doria após reinfecção do governador do Estado e voltou a dizer que “só Deus” tiraria ele do poder.

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