Bolsonaro sugere a insatisfeitos que votem em Lula no ano que vem

Presidente afirmou que a situação do país é consequência de como o brasileiro votou nos últimos 30 anos

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2021 11h17 - Atualizado em 26/05/2021 16h23
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Jair Bolsonaro colocando uma máscara no rosto Na conversa com os apoiadores, o presidente ironizou o pedido de impeachment dele apresentado por artistas na última semana

O presidente Jair Bolsonaro sugeriu para aqueles que estão insatisfeitos com o governo dele que votem no ex-presidente Lula no ano que vem. Claramente irritado ao ouvir os lamentos de uma apoiadora sobre o que ela chamou de sofrimento da população, Bolsonaro afirmou que a situação do país é consequência de como o brasileiro votou nos últimos 30 anos. Nas palavras do presidente, o pessoal reclama da postura de políticos — mas, muitas vezes, os reelegem. “Tem algum posicionamento contra ou a favor do 31 de março de 64? Tem alguma posição tua? Porque vieram tudo para cima da gente, contra a gente naquela época. Bem, não vou discutir esse assunto aqui. Não vou debater não, tá? Olha, quem não está contente comigo, tem Lula em 22. Tem um grande candidato em 22 que vai chegar, assumir e resolver o problema do Brasil.”

Na conversa com os apoiadores, o presidente ironizou o pedido de impeachment dele apresentado por artistas na última semana. Já são mais de 100 documentos pedindo o afastamento apresentados à Câmara desde o início do mandato. “Pediram meu impeachment aí, nem dormi essa noite.” Bolsonaro também voltou a falar, nesta terça, 25, sobre a filiação partidária. Ele está sem partido desde que deixou o PSL em 2019, e deixa claro que a decisão será tomada a partir do que a legenda que ele se filiar tem a oferecer. “Já decidi o partido, mas não é decisão minha. Se for meu partido eu aceito a indicação.” Recentemente, Bolsonaro fez um aceno claro ao senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressista. Bolsonaro já foi filiado à legenda e diz que está sendo namorado pelo parlamentar, um dos principais defensores do governo na CPI da Covid-19 do Senado, para justamente se filiar novamente ao partido.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado 

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