Brasil é referência na exportação de alimentos com produção sustentável, diz gerente da ApexBrasil

Segundo Márcio Rodrigues, o trabalho do governo federal para ampliar mercados e diversificar produtos deve manter o comércio internacional em crescimento em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2022 10h06 - Atualizado em 19/01/2022 10h08
Foto: Divulgação/Apex Marcio Rodrigues - apex Márcio Rodrigues, gerente de Agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil)

O setor produtivo brasileiro foi impulsionado pelas vendas internacionais em 2021. O agronegócio fechou o ano com alta de 18,4% no faturamento das exportações. Já a indústria alimentícia teve aumento de 16,8%. Dentro dos segmentos, setores de proteína animal, de frutas e de algodão foram destaque. Em entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 19, o gerente de Agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Márcio Rodrigues, comentou o tema. Segundo ele, houve um crescimento de 19% das exportações em 2021 em relação a 2020 e representou um saldo positivo da balança comercial do agro de US$ 105 bilhões. Ainda de acordo com ele, o Brasil possui atualmente um ‘ótimo ambiente’ de negócios internacionais e, com apoio do governo federal, deve continuar crescendo em 2022.

“Nós estamos falando de exportações na faixa de 20% maior que no último ano. O mundo reconhece a qualidade da produção agropecuária brasileira. Hoje não tem uma imagem apenas de que produz de forma qualificada, mas também de um fornecedor confiável. Certamente se o mundo caminha, principalmente a partir das discussões da COP 26, querendo buscar alternativas para garantir a segurança alimentar global e, ao mesmo tempo, os termos de uma produção que seja sustentável na conexão com o meio ambiente, o Brasil é referência e será referência este ano para o mundo. E por isso tem condições de ampliar bastante as exportações”, pontuou o gerente da ApexBrasil.

De acordo com Rodrigues, há diversos motivos que explicam o crescimento do setor, dentre eles a alta demanda mundial por alimentos, que acabou por inflacionar o preço dos produtos. “Nós temos hoje, dos 20 produtos mais exportador pelo Brasil, 15% desses tiveram altas bastantes significativas no ano passado. Nenhum deles ainda, talvez exceto soja, com máximas históricas. Nós temos uma recuperação dos preços globais dos alimentos, que acabaram que, mesmo com alguns setores nossos tendo um embarque menor em 2021, gerando uma receita bastante elevada. O casamento global entre oferta e demanda acabou levando grande parte a esse resultado significativo”, explicou.

Questionado sobre como a Apex poderia contribuir para a diversificação das exportações e também para ampliação do mercado, tornando-se menos dependente da China e de outros países, Rodrigues destacou que, em parceria com o governo, vem atuando nas duas questões. “Notem que, este ano, nós temos, a ApexBrasil, Ministério da Agricultura e Ministério das Relações Exteriores, mais de 30 feiras globais. Todas as principais feiras do calendário global de alimentos e bebidas, nós estaremos levando uma quantidade significativa de empresários lá, de produtos de maior valor agregado. Temos feito um trabalho muito forte para ações de negócios, rodadas de negócios, também buscando levar esses produtos de maior valor agregado, além, é claro, das ações de imagem, que ajudam muito a agregar. Esses produtos de maior valor agregado vão para a prateleira e a percepção a respeito da produção agropecuária local é muito importante”, comentou.

“No sentido da diversificação de mercado, o Brasil já vem fazendo isso. O Ministério da Agricultura, capitaneado pela ministra Tereza Cristina, e o embaixador Orlando e toda a equipe da área de relações internacionais já abriram mais de 180 mercados nos últimos três anos e meio. E esses mercados vão colaborar muito fortemente para que a gente consiga, a partir de agora, já neste ano pós-pandêmico, nós consigamos não só abrir os mercados, mas adentrar as portas desses mercados, especialmente captar todas as oportunidades que tem lá”, pontuou o gerente de Agronegócios da ApexBrasil. “O Brasil tem diversificado, especialmente na Ásia e no Oriente Médio, as suas exportações. Não tenho dúvida alguma que este ano vai ser um ano de consolidação dessa diversificação da nossa pauta exportadora, bem como os mercados a serem trabalhados”.

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