Brasil se aproxima das 500 mil mortes por Covid-19 e tem esforço de prefeituras para acelerar vacinação

País bateu recorde de novos casos em 24 horas nesta sexta-feira, 19, com 98.832 infecções registradas pelo novo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2021 08h31
DELMIRO JUNIOR/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Profissional da saúde aplica vacina contra a Covid-19 em mulher do grupo prioritário País tenta acelerar vacinação

Se aproximando da marca de 500 mil mortes pela Covid-19, o Brasil bateu mais um recorde diário de casos da doença nesta sexta-feira, 19. Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou 98.832 novas infecções em 24 horas. Desde o início da pandemia, mais de 17.801.000 pessoas foram contaminadas. Ao todo, 498.499 brasileiros morreram e a média diária de mortes tem ficado acima de duas mil. O Ministro da saúde, Marcelo Queiroga, diz que quando assumiu a pasta a situação era pior. “No momento que estamos na pandemia, ainda é um momento que inspira cuidados, houve uma redução, da época que eu assumi o Ministério, houve dias com 4 mil óbitos, hoje a média móvel de óbitos está em torno de 2 mil. Ainda é um número alto, que temos que reduzir, e nós temos hoje, neste momento em que vivemos, uma esperança, que são as vacinas. O Brasil já distribuiu 110 milhões de doses de vacina”, disse Queiroga.

A piora na pandemia vem acompanhada de um esforço de União, Estados e municípios para acelerar a vacinação. A partir da semana que vem, a capital paulista inicia um novo escalonamento da distribuição de doses. Em junho, a distribuição seguirá da seguinte forma: no dia 23, serão vacinados aqueles que têm entre 48 e 49 anos; no dia 24, 46 e 47 anos; pessoas com 45 anos começam a ser imunizadas no dia 25; no dia 26, será feita uma repescagem para pessoas entre 45 e 49 anos; no dia 28, serão imunizados aqueles com 44 anos, no dia 29 quem tem 43; e no dia 30, 42 anos. O escalonamento segue até o mês de setembro, data em que o governo paulista prevê que toda a população com mais de 18 anos tenha recebido pelo menos a primeira dose. A secretária-executiva de atenção básica, especialidades e vigilância em saúde da Prefeitura de São Paulo, Sandra Sabino, diz que o andamento da vacinação depende das entregas do Ministério da Saúde. “Nós recebíamos as vacinas do Ministério da Saúde e, conforme chegam as vacinas, nós temos condições de antecipar o calendário. Se nós recebermos bastantes doses, poderemos antecipar as faixas etárias”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, diz que a capital paulista já imunizou 6 milhões de pessoas e reforça a importância da segunda dose. “Todos os idosos acima de 60 anos da cidade de São Paulo tomaram a primeira dose e todos os idosos acima de 70 anos tomaram também a segunda dose. A cidade de São Paulo não usou a segunda dose como primeira dose, por isso que estão todos sendo vacinados, então acho que é fazer isso e continuar pedindo para que as pessoas não deixem de aparecer nas nossas unidades para tomar a segunda dose”, afirmou. O primeiro dia de liberação da xepa para maiores de 18 anos foi movimentado. Muitas UBS registraram filas enormes e quem saiu de casa para se cadastrar teve que ter paciência. Na xepa, são usadas doses que estejam próximas ao vencimento no horário de término das atividades do serviço de saúde. Lactantes maiores de 18 anos com até dois anos de amamentação têm prioridade na lista de espera. Nesta sexta-feira, a Fiocruz entregou 5 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. Com a entrega, a fundação já distribuiu cerca de 58,8 milhões de doses. Para a próxima quarta-feira, está prevista a chegada ao Brasil de mais uma carga de Ingrediente Farmacêutico Ativo da vacina, para a produção de aproximadamente de 5,8 milhões de doses. Com a nova remessa, segundo a Fiocruz, as entregas semanais estarão garantidas até 16 de julho.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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