Brasil volta à lista dos países com mais crianças sem vacina, diz Unicef

Pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2025 08h30 - Atualizado em 15/07/2025 08h38
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EFE/EPA/HAITHAM IMAD Uma enfermeira administra gotas de vacina contra a poliomielite em crianças palestinas em uma escola da ONU no campo de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 05 de setembro de 2024. De acordo com a Diretora Regional da UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, Adele Khodr, a primeira fase de uma campanha de vacinação contra a poliomielite de duas rodadas, de 01 a 03 de setembro, superou sua meta inicial (estimada em 157.000 crianças devido ao movimento populacional) e atingiu mais de 189.000 crianças menores de 10 anos na Faixa de Gaza central. O lançamento da próxima fase da campanha ocorrerá no sul de Gaza de 05 a 08 de setembro de 2024, atingindo cerca de 340.000 crianças menores de 10 anos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para evitar a disseminação da variante circulante do poliovírus tipo 2 (cVDPV2), uma campanha de vacinação contra a poliomielite com a nova vacina oral contra o poliovírus tipo 2 (nOPV2) foi lançada no enclave palestino depois que a OMS e a UNICEF pediram pausas humanitárias no conflito para permitir a vacinação após a descoberta do poliovírus em amostras ambientais de Khan Yunis e Deir Al Balah em julho de 2024. Globalmente, o estudo revela que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, ficando vulneráveis a doenças preveníveis

O Brasil retornou à lista das 20 nações com a maior defasagem na imunização infantil, ocupando a 17ª posição em 2024, com 229 mil crianças não vacinadas. Os dados, divulgados em um levantamento conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), indicam uma piora no cenário em comparação a 2023, quando o país havia saído do ranking com 103 mil crianças não vacinadas. O relatório destaca que o Brasil é o único país da América do Sul a integrar essa lista. A pesquisa utilizou como referência a primeira dose da vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

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Globalmente, o estudo revela que mais de 14 milhões de crianças não receberam nenhuma dose da vacina, ficando vulneráveis a doenças preveníveis. A cobertura mundial com as três doses do imunizante está em 85%. Além disso, nenhuma das 17 vacinas monitoradas no último ano atingiu a meta de 90% de cobertura. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou que pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar drasticamente o risco de surtos e sobrecarregar os sistemas de saúde. Ele ressaltou que cortes em investimentos e a desinformação sobre a segurança dos imunizantes são ameaças que podem reverter décadas de avanços na saúde pública.

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